Uma mãe denunciou uma professora por passar fezes no rosto de seu filho, de 3 anos, em uma Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) localizada de Campo Grande. A família registrou o caso na DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) na última quarta-feira (18).
O Jornal Midiamax não revelará o bairro onde aconteceu o crime, nem nomes, para preservar a vítima, seguindo as diretrizes do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Segundo o boletim de ocorrência, na terça (17) o menino chegou da creche relatando ao pai que a professora teria passado fezes em seu rosto. Em seguida, ela conversou com o filho, que confirmou o relato.
Naquele mesmo dia, a mãe foi até a creche e o menino apontou a professora como a autora dos fatos. Com isso, a mulher foi até a profissional para conversar, mas a mesma negou a situação. Assim, a mãe reportou o caso para a diretoria Emei.
Posteriormente, a mulher foi até a DEPCA, onde registrou os fatos e o menino passou por depoimento especial. Contudo, ele foi ‘não verbal’, ou seja, que não falou nada. Como o menino não apresentava lesão, a polícia não fez pedido de exame de corpo de delito.
A mãe do menino procurou a ouvidoria da Semed (Secretaria Municipal de Educação) e também informou que o filho estaria há três dias sem banho. Além disso, que, por vezes, retornava da unidade com a fralda suja. Ainda falou que o fato é um “absurdo, descaso total com a criança”.
Outro lado
A Semed, por sua vez, nega a situação envolvendo a professora e afirma que a profissional não estava dando aulas no dia dos fatos relatados pelo aluno.
Ao Jornal Midiamaxa secretaria informou ainda que a mãe do menino teria se envolvido em uma briga com a assistente da Emei. Isso, ao saber que a professora acusada não dava aulas no dia dos fatos que a criança denunciou.
A Semed alegou também que chamou os pais do aluno para registrar uma ata, mas que eles saíram antes da reunião terminar. Assim, a mulher pediu que mudassem o filho de sala e, segundo a nota, a Emei fez a alteração.
Na delegacia, a polícia registrou o caso como “maus-tratos qualificado, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 anos” e o Conselho Tutelar acionado.
Confira a nota na íntegra:
“A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informa que o aluno de 3 anos contou à mãe o fato, mas não soube apontar qual professora teria cometido o ato. A mãe, o pai e a criança, no dia em questão, foram até a sala, sendo que a mãe perguntou ao filho se teria sido a professora, tendo uma resposta positiva do aluno. Entretanto, a docente que atua no período matutino, estava em planejamento de aula no dia em que o fato teria ocorrido.
Assim, a mãe se dirigiu à assistente, servidora da escola há um ano, quando começaram a gritar e ameaçar a mesma, sendo que a servidora respondeu que o fato nunca aconteceu e que estava tranquila sobre a situação.
Os pais foram chamados pela coordenadora da unidade à secretaria para registrar a ata, mas saíram antes da conclusão.
Os dois filhos da família estão matriculados na escola e estão frequentando o local desde então, sem faltas. A mãe pediu para mudar o filho de sala e o mesmo foi atendido pela coordenação.
A coordenação informou ainda que até então, não houve nenhuma ata registrada a respeito da servidora e que os alunos não ficam sozinhos com os assistentes.
O caso foi registrado em ata, sendo ouvida a família, as três assistentes e a professora do período vespertino.”