Ao ser flagrada, a garota confessou o vício e disse para sua genitora que queria parar de fumar. Sem saber o que fazer, a mãe comprou um chiclete de nicotina,
Em entrevista ao G1, a mulher relatou o desespero que foi ao dar o produto a menina. “Foi um desespero, na verdade, foi tipo ‘o que eu faço agora?’ Comprei e falei para ela me dizer se faz efeito ou não.”
Conforme o G1, A filha de Ana disse para a mãe que conseguiu parar com o vape usando o chiclete. No começo de junho, porém, teve uma recaída em uma festa. Nos dias seguintes, uma tosse persistente assustou a mãe, que a levou ao médico.
Resultado: a tomografia do pulmão apontou o início de um enfisema pulmonar – doença tratável, mas sem cura, que destrói gradualmente as células do pulmão e é mais frequente a partir dos 40 anos.
“Eu fiquei bem assustada com a tomografia dela, um enfisema que a gente não costuma ver em uma menina de 16 anos”, conta a pneumopediatra Marina Buarque de Almeida.
A filha de Ana, que nunca havia tido problemas respiratórios, agora faz uso regular de bombinha para asma e “vai ficar sem festa por um tempo”, afirmou a mãe.
Cigarro eletrônico, também conhecido como vape ou pod, é um aparelho que aquece um líquido que se transforma em vapor e é tragado pelo usuário. A concentração de nicotina chega a ser 50 vezes maior do que a de um cigarro tradicional. Apesar de o produto ser encontrado em lojas, a venda é proibida no Brasil.
Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) com adolescentes de 53 países de Europa e Ásia Central e do Canadá mostrou que aos 13 anos, 16% dos adolescentes já haviam usado vape. Aos 15 anos, este percentual sobe para 32%.
Dados do DataSUS, do Ministério da Saúde, mostram que pacientes de 15 a 19 anos representaram 0,6% das internações por enfisema nos últimos 16 anos.