O Consórcio Brasil Central se reuniu na terça-feira (23), na sede do Banco de Brasília, onde foi anunciado o crédito de R$ 15 milhões para projetos na segurança pública dos estados e municípios do país. Mato Grosso do Sul deve utilizar a verba para custear presídios e armamentos.
Inicialmente serão disponibilizados R$ 500 milhões para os projetos. Conforme o secretário da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), Antônio Carlos Videira, foi decidido que a primeira aquisição será de aeronaves, um total de 21 aeronaves, porém MS não participa desta compra, já que foram adquiridas recentemente duas aeronaves.
“Neste primeiro momento o grupo de trabalho deliberou pela aquisição de aeronaves, o Mato Grosso do Sul já os adquiriu com recursos próprios em 2022, foram entregues em 2023, mas nós podemos sim buscar este recurso. Custodiar, por exemplo, presídios, custear também viaturas, armamentos e produtos de custeio. Então isso tudo a gente vai deliberar para compras em conjunto buscando imprimir padronização, celeridade e, principalmente, redução de custos”, disse Videira.
O vice-governador José Carlos Barbosa, Barbosinha, explicou que essa linha de crédito é importante para bancar o enfrentamento ao crime organizado, mas que também não pode afastar o papel do Governo Federal.
“Mato Grosso do Sul, por exemplo, tem parte considerável do sistema carcerário ocupados por presos do tráfico, crime transnacional, que de regra deveriam estar custodiados e mantidos em presídios federais. Isso impacta violentamente o custo dos estados da federação. Então, de um lado é importante termos recursos para armamento, munição, equipamentos, viaturas, aeronaves para combate ao crime organizado, mas ao lado dessas linhas de crédito a gente não pode deixar passar a responsabilidade do Governo Federal em apoio aos estados, principalmente aos estados fronteiriços, como Mato Grosso do Sul, que tem 1.500 km de fronteira com Paraguai e Bolívia, que lida com o crime organizado e trabalha não apenas para o nosso estado, mas trabalha para o resto do Brasil”, afirmou.
Essa nova linha de financiamento para segurança pública tem prazo de pagamento de até 15 anos e carência de três anos.