Nesta terça-feira (12), o deputado estadual Lídio Lopes confirmou a desfiliação do PDR, partido formado da fusão entre o PTB e o Patriota, do qual era presidente. Lídio disputaria com Delcídio do Amaral a presidência do novo partido.
Ao MidiamaxLídio confirmou que foi ao TER (Tribunal Regional Eleitoral) na última sexta-feira. “Meu prazo era sábado. Os vereadores devem me acompanhar, mas pedi para não se desfiliarem, porque em março abre a janela para eles”, afirmou.
Ainda segundo o deputado, houve demora na fusão entre os partidos. Ele ainda afirmou que recebeu convites de outros partidos e que deve avaliar.
Também nesta semana deve acontecer a reunião do PDR para definir o diretório do partido.
Fusão dos partidos
A fusão do PTB e o Patriota foi aprovado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no dia 9 de novembro e o então presidente do PTB em Mato Grosso do Sul, Delcídio do Amaral, comemorou a união e que agora aguarda a decisões do diretório nacional. O fundo partidário do partido para este ano é de R$ 22 milhões.
Ao MidiamaxDelcídio avaliou como ‘boa’ a junção dos partidos. “Novos quadros virão para o partido, Inclusive detentores de mandato. Lançaremos candidatos a cargos majoritários e para as câmaras de vereadores e quanto as direções serão definidas nos próximos dias pela Direção Nacional do novo partido”, disse o ex-senador.
A união dos partidos criou o PRD (Partido Renovação Democrática). A decisão teve como base o voto da relatora, ministra Cármen Lúcia, que apontou que as exigências da legislação foram atendidas pelos partidos.
“A Procuradoria-Geral Eleitoral também opinou pelo deferimento do pedido de fusão, destacando que as impugnações solicitadas versam sobre questões que não afetam matérias das competências da Justiça Eleitoral”, disse.
Assim, a ministra Cármen Lúcia destacou que o estatuto do PRD foi aprovado em convenção nacional. O encontro aconteceu em 26 de outubro de 2022 e as decisões foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) de 9 novembro de 2022.
Ainda no voto, Cármen considerou que foi prejudicada a liminar que reservava, desde fevereiro de 2023, os recursos do Fundo Partidário que seriam destinados ao PRD. Então, a fusão dos partidos permite que o PRD obtenha verbas do Fundo Partidário.
O direito foi concedido devido à cláusula de barreira, superada pelo partido novo. Ou seja, a soma dos votos válidos obtidos pelo Patriota e o PTB nas últimas eleições para a Câmara dos Deputados superou a cláusula. Por fim, o TSE esclareceu que com a decisão, as verbas bloqueadas do PRD foram liberadas.