Aos policiais, Roberto Tobias Antunes disse que ele e a vítima estavam separados; Após matá-la, ele entrou em contato com a mãe e foi orientado a se entregar à polícia.
Durante o interrogatório na Polícia Civil de Três Lagoas, a 326 quilômetros de Campo Grande, Roberto Tobias Antunes, 32, preso pela morte de Karina da Silva Cunha, 30, relatou que entrou em contato com a mãe para buscar orientações sobre o que fazer com o corpo da vítima, que estava em cômodo com o ar condicionado ligado.
Segundo o boletim de ocorrência, o corpo de Karina foi encontrado na cama do casal, em estado de decomposição, com sinais de asfixia. Roberto segue preso e responderá pelo crime de feminicídio. O caso segue em investigação para entender o que levou o assassinato.
Ao Correio do Estado, a delegada responsável pelo caso, Letícia Móbis, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), informou que Roberto relatou à polícia não saber exatamente o que aconteceu durante uma briga.
Ele afirmou que Karina era usuária de drogas e que ambos estavam separadas. Na versão do suspeito à polícia, ele teria colocado Karina na cama e dormiu ao lado dela. Ao acordar, ainda segundo ele, observou que a vítima estava sem vida. Inicialmente, ele admitiu que houve uma briga e que teria asfixiado a mulher.
Ainda durante o depoimento, Roberto relatou aos policiais que, ao chegar no final da tarde de sábado, entrou em contato com a mãe, que mora em Coronel Sapucaia, para pedir orientações sobre o que fazer com o corpo da vítima.
Ao questionar a mãe sobre o que fazer, ela aconselhou Roberto a se entregar. Com receio de ser preso, ele alugou um quarto para dormir de sábado para domingo e, depois, voltou para casa para se entregar à Polícia Militar.
De acordo com a polícia, o autor do crime continuará preso e responderá pelo feminicídio. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher do município.
Asfixia
Asfixia
Karina da Silva Cunha, de 30 anos, foi asfixiada e morta pelo marido, Roberto Tobias Antunes, 32, na noite desta sexta-feira (16), no Jardim Itamarati, em Três Lagoas, município localizado a 326 quilômetros de Campo Grande. O caso só foi registrado e divulgado no domingo (18).
Conforme apurado pela reportagem, a Polícia Militar recebeu uma denúncia, via 190, de que uma mulher possivelmente estaria sendo mantida morta dentro de casa.
Com isso, se deslocou até a casa da denunciante, a qual relatou que recebeu um telefonema de uma mulher que disse que seu filho matou a esposa e que ele estava “guardando” o corpo em casa.
De acordo com o boletim de ocorrência, os militares se deslocaram até a residência indicada e viram o acusado, na calçada, conversando com sua vizinha. Questionado pelos policiais se sua esposa estava em casa, ele confirmou e confessou que estava morta.
A guarnição entrou na residência, percebeu forte odor de putrefação – processo de decomposição e apodrecimento de corpos – e viu o corpo da mulher deitado sobre uma cama, em estado de decomposição, com o ar-condicionado ligado.
Interrogado pelos policiais, o autor confessou que brigou com a mulher na noite de sexta-feira (16) para sábado (17) e, durante a discussão, apertou o pescoço da vítima. Além disso, ele afirmou não se lembrar de mais nada e que teria dormido ao lado do corpo. Ele ainda relatou que, no dia seguinte, saiu de casa para rumo desconhecido e entrou em contato com sua mãe para relatar o que fez.
FEMINICÍDIO
Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 20 mulheres foram vítimas de feminicídio, entre 1º de janeiro e 19 de agosto de 2024, em Mato Grosso do Sul.
Desse número, 5 ocorreram em Campo Grande e 15 no interior. As mortes foram registradas em janeiro (3), fevereiro (5), março (3), abril (5), junho (3) e agosto (1). Em 2023, 31 mulheres foram mortas.
DENUNCIE!
Violência contra mulher deve ser denunciada em qualquer circunstância, seja agressão física, psicológica, sexual, moral ou patrimonial.
Os números para denúncia são 180 (Atendimento à Mulher), 190 (Polícia Militar) e 153 (Guarda Civil Metropolitana).
O sinal “X” da cor vermelha, escrita na mão, significa que a vítima quer alertar que sofre violência doméstica. Portanto, o cidadão deve ficar atento, acolhê-la e acionar as autoridades.
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