Clarice Rodrigues Martins, de 26 anos, acusada de matar Felipe Gonçalves, o “Felipe Carioca”, de 37, teve a liberdade provisória concedida pela Justiça de Dourados. A nova decisão judicial, proferida nesta segunda-feira (26), dispensou a exigência anterior de internação compulsória para tratamento de dependência química.
Inicialmente, a soltura estava condicionada à internação, mas a medida não foi cumprida por falta de estrutura no CAPS AD e nas unidades da Agepen. Na nova decisão, o juiz apontou ausência de elementos técnicos, como laudos médicos e manifestação da defesa, que justifiquem a internação.
Clarice responderá em liberdade, mas deverá cumprir medidas cautelares, como comparecimento a atos processuais, proibição de mudar de residência ou sair da comarca sem autorização, além de não frequentar bares, locais com venda de álcool e a Praça Paraguaia, onde ocorreu o crime.
Ainda segundo o Dourados News, o CAPS AD terá 60 dias para elaborar um Projeto Terapêutico Singular (PTS), que deverá avaliar a situação clínica da acusada e indicar possíveis tratamentos.
O crime – Na delegacia, Clarice alegou que o rapaz havia tentado estuprá-la e que por isso cometeu o ataque. Em uma versão anterior, ela disse que ambos tiveram uma discussão motivada por bebida alcoólica e droga.
Segundo ela, Felipe teria a convidado para se deslocar até uma residência na região e lá teria tentado realizar o abuso. Questionada sobre qual casa ambos iriam, a suspeita não soube dizer, conforme informou o Dourados News.
O local onde aconteceu o assassinato é conhecido por abrigar diversos pontos de comercialização de entorpecentes e usuários de drogas.