A Justiça Eleitoral derrubou a “estratégia de marketing” do candidato à prefeitura de Campo Grande do PSDB, Beto Pereira, em usar termos e símbolos que possam confundi-lo com o candidato do partido Novo, Beto Figueiró.
O tucano não poderá utilizar “seu primeiro nome de campanha (BETO) na propaganda eleitoral associado ao termo ‘NOVO’ bem como às cores, símbolos e slogan do partido Novo, do candidato adversário, especialmente quando a característica do candidato que se destaca pode ser substituída por outra terminologia, sem prejuízo à informação”, determinou o juiz da 035ª Zona Eleitoral de Campo Grande, Albino Coimbra Neto.
O magistrado mencionou o Art. 242, do Código Eleitoral, que proíbe a utilização de propaganda que possa criar artificialmente estados mentais, emocionais ou passionais na opinião pública, o que pode ocorrer com o uso de cores e símbolos que induzam o eleitor a erro.
Beto Pereira terá dois dias para responder à ação e apresentar provas que retirou a propaganda irregular.
Confusão entre Betos
O postulante do partido Novo entrou na Justiça com uma “Notícia de Irregularidade em Propaganda Eleitoral” para que o adversário parasse o que ele classificou como uma “manobra de marketing” para obter votos da direita. O candidato ao Executivo disse que há associação do partido Novo no material de campanha do deputado federal.
“Ele (Beto Pereira) está tentando determinar que ele seria o Beto do Novo, porque nós temos uma porcentagem de eleitores muito à direita aqui no Estado. Ele está tentando se tingir de verde e amarelo através dessas ações, só que são ações de baixa política”, afirmou Figueiró.
Ao Jornal MidiamaxFigueiró destacou que “não se trata do nome, apenas confundir o nome”. O candidato ao Executivo disse que há associação do partido Novo no material de campanha do deputado federal.
“O problema é que eles estão fazendo uma ação maliciosa, no sentido de colocar a logomarca do Novo nas cores laranja, que é a identidade do partido. Como se fosse um monte de campanha do Novo”, defendeu o candidato.
Figueiró afirmou que a colocação é “manobra do marketing”. “Busca confundir o eleitor, dando uma importância, como ele tá tentando de toda maneira parecer de direita”, comentou.
Por fim, disse que o partido que concorre “é o partido mais à direita do cenário nacional”. “Ele (Beto Pereira) quer dar uma conotação como se ele fosse de direita, seja pegando o apoio do Valdemar da Costa, ou seja, se vinculando ao Novo”, finalizou.
Ação eleitoral
Na ação, a defesa de Figueiró afirma que o uso do sobrenome dos ‘Betos’ é suficiente para identificação. “Ambos os registros foram deferidos com a utilização do sobrenome”, lembrou.
Contudo, destacou que Beto Pereira “vem se utilizando do primeiro nome isoladamente, o que faz criar evidente confusão no eleitorado”. Então, Figueiró pede que o PSDB pare de veicular material eleitoral com o slogan, além de multa diária de R$ 10 mil caso o tucano siga usando apenas o primeiro nome e ‘novo’ no slogan.
Fonte: Midiamax