Categoria que paralisou os trabalhos por 24 horas, ainda tem nova assembleia marcada para definir proposta, que será analisada e devolvida pelo Governo de MS antes da classe decidir sobre possível nova greve
Na mesa de negociações com o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, em busca de valorização, as duas propostas do Poder Público foram rejeitadas pelos policiais civis sul-mato-grossenses, que já tem data para nova assembleia, onde devem elaborar contraposta e aguardar para novo debate sobre possível nova greve.
Vale lembrar que ainda na quinta-feira (19) a classe paralisou atividades por 24 horas – como bem acompanhou o Correio do Estado –com as delegacias de Mato Grosso do Sul operando apenas com 30% do efetivo e atendendo apenas com serviços essenciais.
Agindo apenas em casos de prisão em flagrante; medidas protetivas e ocorrências em caso de menor vítima, a categoria buscou chamar atenção do Poder Executivo do Estado, que colocou na mesa duas propostas.
Porém, como confirma o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul, Alexandre Barbosa, sobre o resultado da assembleia híbrida do último sábado (21), ambas foram recusadas pela classe, que comporta 1,6 mil investigadores e escrivães ativos atualmente em MS.
“Ficou marcado para amanhã (24) às 18h uma nova assembleia híbrida, da qual vamos chamar outra proposta para o Governo e até o final de semana aguardamos resposta”, expõe.
Conforme Alexandre Barbosa, nesta terça (24) a classe elabora e encaminha contraposta e, diante da resposta, devem convocar nova assembleia até o próximo fim de semana para debaterem se aceitam ou não, bem com haverá uma nova paralisação da categoria.
Sem valorização
Como é possível verificar na proposta do Governo de MS, recusada pela categoria – que pode ser conferida na íntegra CLICANDO AQUI – uma das propostas incorporava o auxílio-alimentação, com mais um abono de R$ 130 para as classes iniciais, que antes mesmo da assembleia já era tida como “aquém” do esperado.
Já a segunda consistia em reestruturar a tabela e modificar os valores de referência, que contemplaria apenas 275 agentes de Polícia Judiciária.
Sendo que a categoria já se via na posição de “não poder ficar doente”, com o auxílio saúde concedido apenas para delegados e fiscais de renda em maio, a sensação interna agora é que o governo está “engessado”.
Mesmo que a proposta assinada pelo titular da Secretaria de Estado de Administração (SAD), Frederico Felini, diga que o Governo está “aberto ao diálogo para construir um consenso”, essa postura rígida às contrapropostas é vista pela classe como uma barreira.
“Nosso movimento está firme, nós temos nossos objetivos. Que tenham um avanço do Governo à nossa contraproposta e que seja pelo menos razoável para nós, se não vamos à ‘briga’ com greve mesmo, não tem jeito”, concluir Alexandre.