Fernando Sastre de Andrade Filho matou uma pessoa e feriu outra ao bater o Porsche que dirigia em um carro de aplicativo
Liana Feitosa –
Fernando Sastre de Andrade Filho conduzia o Porsche que colidiu contra o carro da vítima em São Paulo (Foto: Reprodução).
O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, que matou uma pessoa e feriu outra ao bater o Porsche que dirigia em um carro de aplicativo, em São Paulo, continuará preso por decisão do TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo).
Além de manter a prisão preventiva de Sastre, a decisão do juiz Roberto Zanichelli Cintra ainda determina que o acusado seja levado a júri popular, com julgamento ainda sem data definida. A decisão foi publicada no sistema do TJSP no sábado (28).
O acusado será ouvido pelo 1º Tribunal do Júri de São Paulo. Segundo a Justiça, não existe “qualquer fato novo capaz de afastar a decisão que decretou a prisão preventiva”. Na decisão, o juiz citou testemunhas e questionou a ‘natureza indesejada’ da colisão.
Embora os advogados do motorista do Porsche aleguem que o acidente foi resultado de imprudência, Cintra diz não ser possível ignorar os relatos de quem esteve com Sastre, de 25 anos, antes da batida fatal.
Testemunhas confirmaram que Sastre havia ingerido bebidas alcoólicas na noite do acidente e o viram com “sinais aparentes de embriaguez em seu comportamento”, relatou o juiz.
Trecho da decisão do TJSP sobre o caso diz: “como visto, o acusado Fernando Sastre não nega que conduzia o automóvel Porsche, trazendo como seu passageiro a vítima Marcus, e então ter causado o choque com o veículo Sandero conduzido pela vítima fatal Ornaldo da Silva (…). Por consequência lógica, a autoria dos fatos descritos na denúncia mostra-se induvidosa.”
Acidente e acusação
Sastre é réu por homicídio por dolo eventual e lesão corporal gravíssima. O acidente aconteceu em março deste ano e matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana.
Além disso, a colisão feriu gravemente Marcus Vinícius Machado Rocha, que era passageiro no carro conduzido por Sastre.
A denúncia foi apresentada pelo MPSP (Ministério Público de São Paulo) e aceita pelo TJSP em abril.
O UOL tentou contato com a defesa do motorista do Porsche, mas nenhum retorno foi dado até o momento da publicação da matéria.
‘Pressão da mídia’
A defesa de Sastre ainda alega que a prisão do empresário é ‘ilegal e desproporcional’. Jonas Marzagão e Elizeu Camargo Neto, que representam Sastre, citam que o empresário é réu primário e argumentam que “em nenhum momento tentou atrapalhar as investigações”.
No entendimento dos advogados, o acusado está sendo mantido preso apenas por “pressão da mídia”. Eles ainda falam em ‘linchamento moral’ por parte da população.
“Parte da imprensa lucrou muito com a exploração midiática do caso”, afirmaram os advogados de Sastre à Justiça. Essa repercussão, acrescentaram, é “insuflada pelos vazamentos e pelo sensacionalismo da mídia”.
Com informações do UOL Notícias.