A 2ª Vara do Tribunal do Júri de Mato Grosso do Sul condenou, a cinco anos e dois meses de reclusão, o policial militar Guilherme Santos Farias, que baleou um cliente durante briga de bar em Campo Grande. O caso aconteceu no dia 21 de março de 2024, no bairro Santo Antônio.
Na decisão, o juiz Aluísio Pereira dos Santos destacou que de acordo com as provas, Guilherme não estava sendo agredido ou se defendendo de nenhuma agressão injusta.
“O acusado não registra antecedentes, contudo a culpabilidade é reprovável (dolo intenso), vez que,sendo policial militar, de quem se espera conduta diversa e se nutri confiança principalmente por aqueles que se encontravam confraternizando naquele ambiente, desferiu disparo de pistola à curta distância na vítima, o que demonstrou um maior desvalor em sua conduta e no resultado”, escreveu o magistrado.
Além disso, o fato do policial ter efetuado o disparo dentro do comércio, onde havia diversas pessoas, inclusive crianças, “demonstrou despreocupação em colocar em risco os demais co-cidadãos”, alegou.
Mesmo diante da pena e podendo recorrer à decisão, o militar poderá responder em liberdade até que todos os prazos sejam cumpridos. A vítima será indenizada em R$ 10 mil pelo réu.
A reportagem tenta contato com o policial, que não retornou até o momento.
O caso envolvendo o PM
A confusão ocorreu na noite do dia 21 de março, no bar localizado no bairro Santo Antônio quando o policial, que era lotado no Batalhão de Choque da Polícia Militar e outros quatro militares que estavam à paisana, começaram a importunar os clientes.
O incômodo generalizado culminou na confusão envolvendo o PM e a vítima, Dernival Gomes de Souza, de 34 anos, que foi baleado.
Ao ser ouvido pela equipe do Choque, que esteve no local primeiramente, o soldado disse que o disparo contra Dernival Gomes de Souza foi acidental, em meio à confusão no bar.
Disse que não teve a intenção de ferir a vítima. Segundo ele, o disparo acidental no momento em que a esposa de Dernival tentou segurar a arma do PM. A mulher confirmou ter tentado conter a briga.
Guilherme segue encarcerado no Presídio Militar, desde então. Já os colegas dele foram transferidos para unidades do interior.
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