A Justiça de Mato Grosso do Sul condenou o réu Roberto Morais de Oliveira, de 48 anos, a 21 anos de prisão pelo assassinato da ex-companheira, Lucilene Nobel da Silva, morta a tiros, em junho de 2022 no distrito de Macaúba, em Dourados – distante a 226 quilômetros de Campo Grande. De acordo com a denúncia, Roberto não aceitava o fim do relacionamento com Lucilene, de quem já estava separado há alguns meses.
A sentença foi proferida pelo juiz Ricardo da Mata Reis, da 1ª Vara do Tribunal do Júri. Os jurados acolheram integralmente a tese do Ministério Público Estadual, representado pelo promotor de Justiça Luiz Eduardo Sant’ Anna Pinheiro, conforme informou o Dourados News.
Roberto foi condenado por homicídio qualificado por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ter sua pena aumentada por se tratar de feminicídio, crime cometido contra mulher por razões da condição do sexo feminino. Ele também foi sentenciado pelo crime de porte ilegal de arma de fogo.
Na decisão, o magistrado classificou a conduta como “extremamente reprovável” e ressaltou a frieza do acusado ao executar a ex-companheira diante da própria filha do casal.
Com a condenação, Roberto cumprirá a pena de 21 anos de reclusão em regime fechado, sem direito de apelar em liberdade.
O caso
O crime ocorreu na madrugada do dia 16 de junho de 2022, quando Roberto invadiu a casa da vítima em Macaúba, rua Quito de Mattos, onde efetuou dois disparos que causaram a morte de Lucilene, segundo as investigações.
Ele fugiu do local e se apresentou na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Dourados, acompanhado de advogado, quatro dias depois do crime.
Na ocasião, Roberto chegou a alegar que os disparos de arma de fogo foram acidentais
