O juiz Aluisio Pereira – que preside o júri do caso Playboy da Mansão – permitiu que Marcelo Rios pudesse ver os filhos, nesta terça-feira (17), em Campo Grande. O ex-guarda municipal é acusado de envolvimento no assassinato de Marcel Colombo, Playboy da Mansão. O julgamento deve durar quatro dias.
“Seria um absurdo não deixar ver os filhos. Uma questão de direitos humanos”, disse o magistrado ao explicar a ausência de Marcelo Rios, no plenário durante o julgamento.
Eliane Benitez, ex-mulher de Rios, prestou depoimento nesta terça (16) e chorou ao relatar os dias que passou na delegacia do Garras, quando da deflagração da Operação Omertà, em 2019.
‘Queriam levar meus filhos’
“Queriam me levar, tudo bem, mas meus filhos?”, disse Eliane aos prantos no plenário do júri.
Sobre o caso de Marcel Colombo, a ex-mulher de Rios disse que não conhecia ‘Playboy da Mansão’. “Eu não conhecia o Marcel, escutei ele (Rios) falando no telefone sobre Marcel e comecei a pesquisar e vi que o Marcel estava preso”, disse Eliane.
“Escutei que ele estava na Máxima e um servidor lá dentro faria o serviço (matar). Antes dele sair, a pessoa desistiu a mando do Jamil. O Jamil Name Filho mandou e o motivo foi porque Marcel deu soco no Jamil”, falou Eliane.
Eliane ainda falou que para proteger os filhos faria qualquer coisa, diria o que quisessem.
Primeiro dia de julgamento
No plenário, prestaram depoimento, na segunda-feira (16), os delegados Tiago Macedo e João Paulo Natali Sartori, bem como o investigador de polícia, Giancarlos de Araújo e Silva, testemunhas de acusação. Das testemunhas de Jamil Name Filho arroladas pela defesa, apenas Marcelo Oliveira compareceu e respondeu às perguntas dos jurados.
Rios teria recebido R$ 50 mil para matar ‘Playboy da Mansão’ dentro de cadeia
Macedo disse que Marcelo Rios, o ex-guarda municipal, recebeu R$ 50 mil para matar Marcel Colombo dentro da cadeia, depois da prisão de ‘Playboy da Mansão’ por descaminho. Mas como não conseguiu matar dentro da cadeia, teve de fazer o ‘serviço’ quando Marcel foi solto.
“A organização mata os pistoleiros que fazem cagada”, disse o delegado. Ainda segundo o delegado, o contador Elton Pedro, que também fazia levantamento de informações para a família Name, teria pesquisado sobre a vida de Playboy da Mansão.