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jovens com vida milionária na web são presos por tráfico

Seis suspeitos presos pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos e Resgate a Assaltos e Sequestros) nesta segunda-feira (3) ostentavam, por meio das redes sociais, vida de luxo mantida com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Os investigados têm entre 20 e 30 anos e podem estar envolvidos com execuções registradas em Campo Grande. Um integrante do grupo está foragido.

O bando foi preso com um arsenal de grosso calibre e veículos de luxo, como Porsche, motocicleta BMW e até um Jetski, adquiridos com o lucro do crime. Grande quantidade de cocaína e R$ 20 mil em espécie também foram apreendidos com os traficantes. Com base em transações bancárias já identificadas, os suspeitos movimentaram de R$ 500 mil a R$ 3 milhões, estima a Polícia Civil.

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As prisões

Os suspeitos foram presos entre domingo (2) e segunda-feira (3), no âmbito da operação “Facilem Vitam”, do Garras. Nenhum deles teve a identidade divulgada.

Arsenal, drogas e dinheiro apreendidos com os suspeitos. (Foto: Ana Karla Flores)

A força-tarefa investiga a movimentação dos traficantes desde dezembro, quando a especializada prendeu um traficante envolvido no esquema do grupo.

A captura do suspeito ocorreu durante diligências em apoio à DHPP (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios e Proteção à Pessoa), unidade responsável por apurar as execuções sem autoria definida em Campo Grande.

A partir da prisão, os investigadores descobriram o modus operandi do grupo. Para manter o domínio do tráfico de drogas em Campo Grande, os criminosos respondiam aos rivais com violência, utilizando ameaças e armas de fogo de grosso calibre. A cocaína vendida pelo grupo era adulterada com suplemento alimentar e vendida como droga pura.

Também chamou a atenção da polícia o comportamento dos investigados nas redes sociais, conforme o delegado do Garras e responsável pela investigação, Pedro Henrique Pillar Cunha. Prática comum entre quem vive do crime, os suspeitos postavam fotos das “conquistas”: veículos, casas, joias, dinheiro e festas regadas a bebidas.

“Os indivíduos envolvidos nessa organização criminosa não trabalhavam de forma lícita e faziam movimentações financeiras milionárias, possuíam patrimônios valiosos e, a partir disso, se percebeu que todo esse patrimônio era derivado da prática do tráfico de entorpecentes.”

Pedro Henrique Pillar Cunha, delegado do Garras.

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Veículos de luxo apreendidos com os suspeitos. (Foto: Ana Karla Flores)

Os criminosos foram encontrados durante os mandados de busca e apreensão cumpridos pelo Garras no Jardim Aero Rancho, Los Angeles, Centenário e Nhanhá, onde, no domingo (2), Elpídio da Silva Santos, de 34 anos, conhecido como “Dinho da Nhanhá”, foi executado a tiros. Outras três mulheres foram baleadas no atentado.

Ao todo, foram cumpridos 15 mandados, sendo dois deles em Corumbá. A investigação continua para apurar a eventual relação com assassinatos ocorridos em Campo Grande.

A principal suspeita é que o bando esteve envolvido no assassinato de “Dinho”, no entanto, a confirmação ainda depende de exames periciais, ainda conforme o delegado.

No total, 14 armas, entre espingardas, pistolas e fuzis, foram apreendidas, sendo boa parte delas roubadas. Algumas foram encontradas dentro de canos de PVC. Munições, cocaína pura e tabletes de pasta base, além dos petrechos usados para adulterar e fracionar a droga também foram apreendidos pela polícia.

“Vale ressaltar que, com essa apreensão, mais uma vez se confirma e se destaca a verdadeira simbiose entre o tráfico de drogas e os homicídios praticados, principalmente os homicídios com nítida característica de execução, tendo em vista eventuais dissidências entre traficantes, disputas territoriais em Campo Grande ou até mesmo no translado das drogas de Campo Grande para outros estados.”

Pedro Henrique Pillar Cunha, delegado do Garras.

Os jovens vão responder pelos crimes de tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

FONTE: AGENCIA BRASIL

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