Jovem denuncia ex-marido por agressões e ameaças no Centro: ‘enquanto sair sozinha, vai apanhar’

Uma jovem de 20 anos procurou atendimento médico e denunciou o ex-marido por agressões e ameaças nesta segunda-feira (27), em Campo Grande. A vítima foi atendida na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino com dores e escoriações pelo corpo.

De acordo com informações da assistente social da unidade, a jovem relatou que foi agredida na manhã do domingo anterior (26), por volta das 6h, quando foi surpreendida pelo ex-marido, de 28 anos, ao visitar uma amiga na Rua Maracaju, esquina com a Avenida Calógeras. Segundo o relato, o agressor a pegou pelo braço e a espancou, afirmando que “enquanto ela sair sozinha, vai apanhar toda vez”.

Ele teria filmado a agressão e enviado o vídeo para outras quatro pessoas, além de postá-lo nas redes sociais. A jovem, no entanto, não conseguiu apresentar as imagens, pois, segundo ela, o celular foi destruído anteriormente pelo próprio autor.

A mulher relatou ainda que teme pela própria vida e pela segurança dos três filhos, dois deles filhos do agressor. Ela afirmou que vive sendo perseguida pelo ex-marido desde a separação, ocorrida há cerca de um mês, e que o controle começou ainda durante o relacionamento, quando ele monitorava as redes sociais dela.

Segundo o boletim de ocorrência, ela já possui medida protetiva de urgência contra o suspeito. Após a denúncia, os policiais militares conseguiram localizar o suspeito no local de trabalho, uma hamburgueria.

Ele negou as acusações, dizendo que a vítima jamais morou na residência onde afirma ter ocorrido a agressão, e que na data dos fatos estava bebendo em um bar com amigos. Ele ainda sugeriu que os ferimentos da ex-esposa seriam resultados de dívidas com agiotas, o que, segundo ele, já teria acontecido em outras agressões.

A avó da vítima, conforme alegado pelo suspeito, teria conhecimento dessas ameaças e guardaria provas em forma de prints.

A Polícia Militar conduziu tanto a vítima quanto o suspeito até a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). No local, foi confirmada a existência da medida protetiva de urgência concedida em 23 de abril, mas que ainda não havia sido oficialmente comunicada ao agressor, o que impediu o registro do crime de descumprimento da ordem judicial.

O caso segue sob investigação pela Polícia Civil.

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