Presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou Medida Provisória, através do Diário Oficial da União desta sexta-feira (12); ao todo, R$ 237 milhões já foram investidos na região por causa dos incêndios
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destinou mais R$ 137 milhões, através de Medida Provisória publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (12), em favor do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e do Ministério da Defesa, a fim de ser usada para ações emergenciais no Pantanal.
Este novo aporte financeiro se junta aos R$ 100 milhões que foram destinados no dia 28 de junho. Esses recursos estão diretamente ligados aos focos e às áreas queimadas que ainda atingem a região, além da escassez hídrica no local. Eles serão destinados ao Departamento de Polícia Federal, o Fundo Nacional de Segurança Pública, ações de combate aos incêndios florestais, no âmbito do Ibama e do ICMBIO e o apoio das Forças Armadas.
Dos R$ 137 milhões, R$ 72,3 milhões irão para os cofres do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do qual R$ 38,1 milhões irão para o Ibama e R$ 34,1 milhões para o ICMBIO, com o objetivo de contratar brigadistas, adquirir equipamentos de proteção individual e de combate, pagar despesas diárias, passagens e locação de meios de transporte, terrestre e aéreo.
As Unidades de Conservação (UCs) e seu entorno – Parque Nacional do Pantanal Matogrossense e a Estação Ecológica do Taiamã – também receberão apoio financeiro, já que o impacto do fogo no local foi de grande impacto.
Acerca do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o órgão receberá R$ 5,7 milhões, sendo distribuídos entre o Departamento de Polícia Federal (R$ 3,7 milhões) e o Fundo Nacional de Segurança Pública – FNSP (R$ 2 milhões).
Esse aporte financeiro será utilizado para abastecer viaturas e aeronaves, além da manutenção delas, disponibilizar geradores de energia elétrica, helicópteros e aviões, instrumentos de comunicação, além de atender despesas, como diárias e passagens aéreas.
O restante, cerca de R$ 59,7 milhões, irá para as Forças Armadas, do qual o órgão deve investir em adquirir bens de consumo e de investimento, além de contratar serviços e demais necessidades referentes às operações de comando e controle, e de logística, para atuar na região.
QUEIMADAS
O monitoramento de área queimada vem sendo atualizado pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Inclusive, os dados históricos medidos desde 2012 mostraram que o mês de junho de 2024 foi o mais devastador em termos de área queimada pelos incêndios, com 406.750 hectares atingidos.
E mesmo com todo esse cenário de danos por conta do fogo e o empenho em combater os incêndios, não houve indicativo que as chamas ficaram controladas no Pantanal empregando somente o aparelhamento humano.
O coordenador do Prevfogo/Ibama no Mato Grosso do Sul, Márcio Yule, reconhece que a complexidade de combate torna a “guerra” contra os incêndios desafiadora.
“A grande dificuldade no Pantanal é a logística para o combate. Chegar na linha do fogo, permanecer na linha do fogo, ter um local para os combatentes possam se alimentar, possam pernoitar, possam descansar minimamente. O cenário de alta temperatura, baixa umidade do ar, dificuldade de acesso complica todo o trabalho. E cada fogo é um cenário diferente. Tudo isso exige que os recursos estejam muito bem organizados para que a gente tenha a efetividade no combate do incêndio”, afirmou Yule.
Ainda segundo o Lasa, até hoje, sexta-feira (12), o Pantanal neste ano já teve 594.475 hectares queimados, ou seja, cerca 6.09% do bioma. Porém, ainda de acordo com o laboratório, a região não é atingida por novos focos há 3 dias, desde terça-feira (09).
O boletim divulgado pelo Governo Federal, atualizado dia 9 de julho, afirma que Corumbá é a cidade com mais prejuízo no bioma, com 452 mil ha queimados, além de ser aquela com o maior número de focos desde o dia 1° de janeiro, com 2.674 focos. Ao todo, 79% dos focos de calor no Pantanal são em MS, os outros 21% no Mato Grosso. Importante lembrar que o bioma está sofrendo sua pior seca nos últimos 70 anos.
window.fbAsyncInit = function() {
FB.init({
appId : ‘817366702975485’,
cookie : true,
xfbml : true,
version : ‘v19.0’
});
FB.AppEvents.logPageView();
};
(function(d, s, id){
var js, fjs = d.getElementsByTagName(s)(0);
if (d.getElementById(id)) {return;}
js = d.createElement(s); js.id = id;
js.src = “https://connect.facebook.net/pt_BR/sdk.js”;
fjs.parentNode.insertBefore(js, fjs);
}(document, ‘script’, ‘facebook-jssdk’));