O jornalista e ex-servidor do Governo do Estado, Guilherme Pimentel, acusado de matar Belquis Maidana, de 51 anos, em um acidente de trânsito na Rua Antônio Maria Coelho, no dia 9 dezembro em 2023, alegou estresse pós-traumático e pediu dispensa da primeira audiência do caso. A audiência ocorre na tarde desta quarta-feira (11) no Fórum de Campo Grande.
O advogado Fábio Andreasi, que representa a defesa do jornalista, limitou-se a dizer que o fato foi um acidente e que o cliente irá se pronunciar apenas nos autos e em juízo.“O que posso dizer é que foi um acidente, lamentável para a família da vítima e para o Guilherme também”, disse, minutos antes do início da audiência.
Na terça (10), o advogado pediu a dispensa de Guilherme na audiência alegando estresse pós-traumático. Um atestado psicológico foi apresentado ao Poder Judiciário, onde cita que o jornalista está em acompanhamento desde 30 de outubro de 2020.
“Apresenta momentaneamente, sintomas relativos a estresse pós-traumático, necessitando do afastamento de situações que possam comprometer seu estado de saúde mental”, consta no atestado psicológico.
Em junho deste ano, ficou decidido que o jornalista vai a júri popular. A decisão ainda traz que: “Requer-se ainda a fixação na sentença do valor mínimo para reparação de danos causados pela infração, consistente no valor da fiança de cinquenta salários-mínimos – sessenta e seis mil reais – à época, nos termos do Artigo 387, Inciso IV do Código de Processo Pena”.
Na época do acidente, Guilherme foi liberado após o pagamento de fiança de R$ 66 mil. Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas policiais de trânsito constataram embriaguez.
O jornalista usava um carro oficial do Governo do Estado. Ele teve a suspensão da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) por seis meses. Guilherme também ficou impedido de praticar nova infração penal dolosa e não pode se ausentar por mais de 8 dias de sua casa ou mudar de endereço sem comunicar nos autos.
O acidente
O jornalista foi preso em flagrante após o acidente que terminou na morte de Belquis Maidana, de 51 anos. A Polícia Civil indicou que o carro que Guilherme dirigia estava a 100 Km/h.
Ainda conforme a polícia, Guilherme estava na casa de seu companheiro às 5h30 da manhã de sábado (9) onde os dois beberam vinho. Logo depois, o assessor saiu dirigindo o Toyota Etios, carro oficial do Governo, quando ocorreu o acidente na Rua Antônio Maria Coelho.
Guilherme colidiu o carro contra a Honda Biz azul, no cruzamento com a Rua Bahia. Também segundo a polícia, o motorista furou o sinal vermelho, atingindo a moto, que ainda foi arrastada por 25 metros.
O jornalista se recusou a fazer o teste de bafômetro, mas os policiais identificaram sinais de embriaguez, sendo constatada em termo. Guilherme foi ouvido e alegou que no final da noite de sexta-feira (8) e no início da madrugada de sábado (9), teria bebido vinho com o namorado.
Ele contou que estava a caminho do trabalho, pois estava de plantão na Segov. Guilherme foi encaminhado para a delegacia, onde permaneceu até a audiência de custódia.
O caso é tratado como homicídio simples, por considerar que o jornalista assumiu o risco de provocar o acidente por ter ingerido bebida alcoólica, estar acima da velocidade permitida e também ter furado o sinal vermelho.
Ele ainda responde por lesão corporal de natureza grave e conduzir veículo automotor com a capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool.