O Jeep Renegade da corretora de imóveis Amalha Cristina Mariano Garcia, assassinada na última terça-feira (21), em Campo Grande, teria sido deixado no Indubrasil um dia depois de sua morte. A corretora morreu após sair para cobrar uma dívida de R$ 20 de mil de um ex-paquera.
Dois homens foram detidos e encaminhados para a delegacia, depois do Jeep ser encontrado ao lado de uma casa que aparentava estar abandonada, nesta quinta-feira (23). Na residência moravam os dois suspeitos, sendo que um deles disse para os policiais que percebeu que o carro havia sido deixado no local, no dia 22, por volta das 18 horas.
Um dos homens levados para a delegacia tem passagens pela polícia por ameaça, violência doméstica, vias de fato e violação de domicílio. Por fim, ele é suspeito de receptação do Jeep da corretora. Os dois foram encaminhados para a Deam, onde foram ouvidos. Na delegacia disseram que o carro ‘apareceu’ no local não sabendo quem o deixou ao lado da residência. Ainda falaram que não conhecem a corretora e que não tocaram no Jeep.
Na quinta, a delegada Analu Lacerda disse ao Jornal Midiamax que nenhuma linha de investigação era descartada, como o caso do crime ter sido um latrocínio. Várias testemunhas foram ouvidas, inclusive, o ex-paquera de Amalha, que estava em Ponta Porã. Ele foi ouvido e liberado.
Dívida de R$ 20 mil
Amalha teria combinado de encontrar o ex-paquera que estava devendo R$ 20 mil para ela e que havia dito que a pagaria. Assim, as colegas ainda teriam alertado a corretora do perigo, mas ela teria dito que não havia riscos, já que o homem sabia que ela tinha familiares policiais.
Após não dar notícias, as colegas de Amalha tentaram ligar para a corretora, mandar mensagens, mas o celular estava desligado. Ela saiu da corretora onde trabalhava conduzindo o Jeep Renegade para encontrar o ex-paquera por volta das 12h29, e desapareceu.
Arrastada por 10 metros para meio de matagal
O corpo da corretora estava com as calças abaixadas porque foi arrastada por cerca de 10 metros para o meio do matagal.
De acordo com informações, não havia sinais de abuso sexual. A perícia identificou que uma arma branca, como um pau, teria sido usada no crime. Mas, a possível arma não foi localizada aos arredores.
Seguranças de uma empresa privada durante um treinamento no início da tarde dessa terça (21) encontraram a vítima na região do Terminal Intermodal de Cargas – Porto Seco, na Capital. Primeiramente eles viram um par de tamancos. Ao se aproximarem, os seguranças viram o corpo com sinais de violência, principalmente no rosto, e acionaram a guarda. No local, foram recolhidos brincos, correntes e pulseiras da mulher.