Os internos da Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira I estariam fazendo greve de fome para denunciar a má qualidade da comida servida na unidade, em Campo Grande.
Os detentos informaram suas famílias sobre as condições vividas na unidade. “Ficamos sabendo através de uma pessoa que foi na visita ontem. O filho dela estava desmaiando e tremendo de tanta fome. Ele explicou a situação para a mãe dele”, denuncia a esposa de um interno ao Jornal Midiamax.
Segundo os relatos, a alimentação do presídio chega azeda para os presos e a carne vai crua. “Arroz, frango, feijão, língua que estão vindo (azedas) no almoço dele. Ele falou que está horrível; não consegue se alimentar”, diz outra mulher à reportagem.
“Diz que muitos deles estão fracos e passando mal”, relata a mãe de um interno. Segundo ela, a ‘greve forçada’ acontece, pois os presos não conseguem comer a comida há dias. “Eles não são bichos não, porque nem bicho merece ser tratado dessa forma”, reclama outra mãe ao Jornal Midiamax.
Conforme as denúncias, os presos quiseram chamar atenção para o problema fazendo a greve de fome, mas foram ameaçados pela direção da penitenciária.
Presos reclamaram da repetição do cardápio
“A Unidade Prisional segue rigorosos protocolos de segurança alimentar, com acompanhamento semanal por nutricionista, fiscalização constante da qualidade da alimentação, além de procedimentos de pesagem e controle do estado de conservação e transporte dos alimentos”, diz a nota enviada à reportagem.
Ainda conforme diz a Agepen, esse tipo de denúncia está sendo registrado em todo o Brasil com intuito de provocar animosidade entre os internos e desacreditar as instituições responsáveis pela administração prisional.
“Na última semana, o Ministério Público visitou a Unidade Prisional, realizou inspeção no local, observou a alimentação recusada pelos presos, tirou fotos e ouviu os internos. Nenhuma irregularidade foi constatada durante essa visita, confirmando que os procedimentos e os padrões de alimentação estão em conformidade com as exigências legais e de saúde”, ressalta a pasta ao Jornal Midiamax.
“Por fim, destacamos que a manifestação dos presos, caracterizada pela recusa pacífica da alimentação, já foi encerrada há alguns dias. Desde então, todas as atividades internas estão ocorrendo de forma regular, sem quaisquer anormalidades ou prejuízos aos direitos fundamentais dos internos”, finalizada a nota.
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