O Confina Brasil 2024, pesquisa realizada pela Scot Consultoriarevelou um crescimento de 17,9% na intenção de confinamento de bovinos em comparação ao ano anterior. Os dados integram o Benchmarking Confina Brasil 2024, que será lançado no dia 12 de dezembro. O levantamento mapeou 218 propriedades em 16 estados, abrangendo mais de 3,8 milhões de bovinos em sistemas intensivos e semi-intensivos de produção.
A pesquisa projeta que, em 2024, o Brasil terá 7,37 milhões de cabeças confinadas destinadas ao abate, um aumento de 6,5% em relação a 2023. Desse total, 39,4% já foram mapeados pela expedição deste ano.
Destaques da pesquisa
O estudo traz dados detalhados sobre gestão, nutrição, tecnologia e sustentabilidade na pecuária intensiva. Entre os destaques estão:
- Sistemas integrados: A integração lavoura-pecuária (ILP) é adotada em 57,3% das propriedades mapeadas, com maior concentração no Pará (85%). No Maranhão, a intenção de confinamento cresceu 85%, com mais de 60% das propriedades utilizando sistemas integrados.
- Sustentabilidade: Cerca de 92,5% dos confinamentos realizam coleta de resíduos, que são reaproveitados para adubação e fertirrigação de pastagens e lavouras.
- Desafios no setor: A pesquisa identificou baixa participação feminina (11%) e formação superior (4,6%) entre os trabalhadores das propriedades.
Impacto regional
Os estados do Pará e do Maranhão apresentaram os maiores avanços. O Pará, além de liderar a exportação de gado vivo, registrou um aumento de 28% na intenção de confinamento. Já o Maranhão apresentou crescimento expressivo no uso de confinamentos, refletindo o fortalecimento da pecuária intensiva na região Norte do Brasil.
O Benchmarking Confina Brasil 2024 estará disponível gratuitamente a partir de 12 de dezembro no site oficial do Confina Brasil. Os interessados podem se cadastrar para receber o material completo em primeira mão.