Uma indígena de 40 anos procurou a delegacia de Nioaque, a 187 quilômetros de Campo Grande, depois de sofrer discriminação por parte de um servidor da secretaria de saúde, que dizia “indígenas tem de morrer”.
Para o Jornal Midiamaxa mulher disse que ficou muito constrangida. “Senti um constrangimento muito grande e triste de saber que estamos vivendo em um momento crítico e em pleno século 21 ainda tem a descriminação com a população indígena”, disse a mulher.
Ela havia vindo para Campo Grande junto da mãe, uma idosa, que precisou ser internada no Hospital Universitário, sendo que a idosa recebeu alta no dia 18 deste mês. Ela, então, entrou em contato com a secretaria de saúde para que mandassem uma ambulância para buscá-las.
Mas sem resposta, no dia 19, por volta das 11 horas da manhã, mãe e filha resolveram voltar de ônibus para Nioaque. Assim, ela mandou uma mensagem para o funcionário da secretaria de saúde dizendo que não precisavam mais mandar ambulância, já que estavam retornando de ônibus.
Ainda conforme a mulher, ela acabou recebendo um áudio em que um servidor fala: “Acabaram de falar que estão na rodoviária. Deixa esse povo quieto aí”. Ele ainda continua: “Esses indígenas tem que matar todos eles”.
Ó Jornal Midiamax entrou em contato com o prefeito da cidade, Valdir Júnior. “Já solicitei que as autoridades competentes apurem os fatos relacionados ao caso. Reafirmo que todos têm conhecimento do meu compromisso na defesa das causas indígenas, tanto em Nioaque quanto em todo o nosso estado. Continuo firme na luta pela garantia dos direitos dos povos originários e pelo fortalecimento de uma sociedade mais justa e equitativa”afirmou o prefeito.