O fogo consumiu 1.668.075 hectares do território de Mato Grosso do Sul entre 1º de janeiro e 20 de agosto deste ano, segundo dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais).
Em 2024, o tamanho de área queimada no estado é 7,5 vezes maior que o registrado no ano passado, quando 219.950 hectares pegaram fogo neste mesmo período.
Os dados constam no Informativo nº 13 do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS), divulgados nesta sexta-feira (23), e se referem a porções dos biomas Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica localizados no estado.
Pantanal
Somente em relação ao Pantanal, entre janeiro e 20 de agosto bioma em MS perdeu 1.495.475 hectares devido aos incêndios florestais. Isso representa 15,5% do território pantaneiro que existe no estado, que totaliza cerca de 9 milhões de hectares.
Grande parte das regiões devastadas pelo fogo são áreas protegidas, como Unidades de Conservação e terras indígenas.
O número atual é maior que o registrado em 2020. Naquele ano, o fogo devastou cerca de 1,2 milhão de hectares do Pantanal de MS.
Esse valor representa aproximadamente 30% da área total do Pantanal no estado, representando um dos anos mais devastadores para o bioma.
Atualmente, a maior concentração dos focos de calor está nos municípios de Corumbá (67,5%), Aquidauana (17,5%) e Miranda (8,1%). Essas cidades registram 93,1% dos focos de calor do Pantanal sul-mato-grossense.
Ocorrências de incêndio
Nesse período, o número de ocorrências atendidas pelo CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de MS) aumentou 32,46%.
Foram 2.831 atendimentos realizados entre 1° de janeiro e 20 de agosto de 2023. Já em 2024, o número disparou para 4.192 ocorrências.
Previsão do clima
Entre esta sexta-feira (23) e segunda-feira (26), há avanço de frente fria que deverá favorecer aumento de nebulosidade e queda nas temperaturas, com mínimas entre 15°C e 17°C na região pantaneira, e máximas de 19°C e 24°C.
Depois do dia 27 as temperaturas voltam a subir, com máximas entre 31°C e 35°C.
No Pantanal de MS, o perigo de fogo encontra-se com risco “alto’, “muito alto’ e “extremo’ entre os dias 23 a 24 de agosto, segundo informações de perigo de fogo do Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais), da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Na situação de risco “extremo’ as condições de combate são de difícil combate até por meios aéreos e alta velocidade de propagação.
Fonte: Msnews