O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) instaurou inquérito civil para investigar causas de incêndio que atingiu 69 imóveis em área rural de Corumbá, município distante a 427 quilômetros.
As queimadas destruíram cerca de 65,6 mil hectares de flora nativa do Pantanal entre os dias 5 e 11 de novembro de 2023. O fogo foi espalhado no interior da Fazenda Santa Edwirges, localizada na área rural do município.
Na época, a fazenda chegou a ser multada em R$ 19 milhões por colocar fogo em desacordo com as regras do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), que, na época, havia suspendido a autorização de queimadas controladas até o dia 31 de dezembro do mesmo ano.
O laudo do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), que identificou a origem do fogo, mostrava que os primeiros focos surgiram a partir de queima com combustível. A fazenda estava abandonada.
Com isso, a multa de R$ 19 milhões foi enviada para o Imasul, com orientações de que os proprietários da fazenda apresentassem a defesa para o órgão. O Ministério afirma que a multa não isenta os proprietários de outras penalidades.
Mês crítico
O mês de novembro de 2023 foi considerado o pior da história dos focos de queimada. Foram 4,1 mil registros de foco de incêndio na região pantaneira.
Em 2023, mais de 1,2 milhão de hectares foram consumidos pelas chamas no Pantanal. O total de hectares considera Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Os dados são do Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais) do Departamento de Meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).