Um projeto do IML (Instituto Médico Legal) de Mato Grosso, denominado “Lembre de Mim”tem como objetivo identificar mais de 400 corpos de pessoas que passaram pelo local e que permanecem sem identificação há mais de duas décadas.
Alguns deles já foram sepultados, mas restam os materiais genéticos que ainda são passivos de exames para a identificação.
De acordo com o IML, alguns desses casos remontam a 25 anos atrás. Sem documentos ou registros válidos, essas pessoas seguem oficialmente como desaparecidas.
O projeto integra bancos de dados de órgãos como a Polícia Federal, a Secretaria de Segurança Pública e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), este último considerado o maior banco de dados da América Latina.

Criado em 2024, o “Lembre de Mim” busca não apenas identificar os corpos, mas também localizar as famílias desses indivíduos que, de alguma forma, foram “esquecidos” no IML.
Em 2024, o IML recebeu 1.146 corpos, dos quais 1.013 foram identificados por meio da necropapiloscopia, técnica que analisa impressões digitais.
No entanto, o processo de identificação depende da existência de registros no banco de dados do Estado, o que se torna mais difícil quando a pessoa não possui documentos válidos ou não está cadastrada no sistema.

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