Cabines enfileiradas que dão privacidade ao cidadão, uma caneta e uma cédula de papel com os nomes dos candidatos à Presidência dos Estados Unidos, além de outros representantes que estão sendo escolhidos nesta segunda-feira, 5, para representar o povo norte-americano. Essa poderia ser a descrição de uma área de votação comum, mas a diferença é que aqui os participantes da dinâmica ainda não são eleitores.
O Terra visitou a Igreja Presbiteriana Steele Creek, em Charlotte, na Carolina do Norte. O centro religioso é um dos locais de votação da região. Por lá, a voluntária Shaniqua Green criou uma espécie de “espaço kids”, onde crianças que estejam acompanhando seus responsáveis possam experimentar a sensação de votar.
“Essa é a nossa iniciativa de Voto Juvenil. Eu comecei isso no ano passado, como uma forma de deixar as crianças animadas para votar. Então, nós damos a elas uma abreviação da cédula comum, e elas podem entrar nas cabines e fazer suas escolhas. Não é a cédula completa, mas os candidatos principais estão aqui”, afirma.
Segundo Shaniqua, a ideia foi bem recebida pelos eleitores. Ela conta que já ocorreu de uma pessoa maior de idade chegar para votar desacompanhada, ver o espaço dedicado às crianças e decidir por voltar mais tarde com seus filhos.
Ela decidiu por começar com a iniciativa no ano passado para que este ano, durante as “grandes eleições”, as famílias já estivessem familiarizadas com o processo.
“Quero que eles fiquem entusiasmados com isso, para que, quando completarem 18 anos, saibam que é seu dever fazer essa mudança e fazer essa diferença. Tem muita gente aqui, muitas famílias vindo para cá”, afirma.
Nos Estados Unidos, incentivar o interesse por política é ainda mais importante, já que por lá o voto não é obrigatório.
Para Nelson Junior, com quem o Terra também conversou, o voto é um direito dele como cidadão americano e merece ser exercido. “Fazer parte disso é, na verdade, fazer parte de uma comunidade”, afirma.
O eleitor acrescenta que não é só a eleição para presidente que importa. “Seja qual for o presidente que ganhe, eles não têm poder suficiente, o Congresso tem mais poder, então isso realmente não importa”, disse.
Apesar de ser uma das eleições mais acirradas da história norte-americana, o clima na Igreja Presbiteriana Steele Creek tem sido pacífico até o momento. Shaniqua afirmou ter votado mais cedo e não ter visto longas filas se formarem até e
Fonte: Terra