Hilda Barroso, de 79 anos, foi encontrada morta, na manhã desta sexta-feira (18), na comunidade indígena Ñu Verá, área próxima da Aldeia Bororó, em Dourados, com sinais externos de estrangulamento e suspeita de abuso sexual.
Segundo informações da Polícia, o corpo foi encontrado com a roupa íntima da mulher abaixadas, o que caracteriza pistas de um possível estupro. Ao longo das investigações, exames serão feitos no corpo da vítima para confirmação do abuso sexual.
“Embora não tenhamos visualizado sinais externos de violência sexual, o fato de ela estar caída no chão com a calcinha abaixada nos leva a concluir que estamos lidando com uma situação de um possível estupro”, disse Gabriela Vanoni, delegada responsável pelo caso, em entrevista ao jornal local Dourados News.
O principal suspeito seria um homem de idade média que foi visto saindo do local onde o corpo de Hilda foi encontrado, que é um cubículo pequeno, de apenas um cômodo. Gabriela também comenta que o crime pode se tratar de mais um feminicídio no estado.
“Estamos seguindo a linha de investigação de um possível feminicídio, tendo em vista que a vítima é uma mulher e os indícios sugerem um crime motivado por sua condição de sexo feminino”, afirmou a delegada.
Caso seja confirmado, este será o 25º caso de feminicídio no estado em 2024, segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
HISTÓRICO
Em 2023, 30 mulheres foram vítimas de femincídio no Estado. O ano anterior, 2022, havia sido o recorde no número de casos desde que a lei foi instituída, em 2015. Foram 44 vítimas registradas no sistema da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp).
Em 2021, o Estado registrou 37 feminicídios. No ano de 2020, 41 mulheres foram mortas por serem mulheres. Em 2019, foram 30 vítimas; e em 2018, 36.
Em 2017, o número de vítimas foi de 33 mulheres. No ano de 2016, o Estado computou 36 feminicídios, e em 2015, 18.
DENUNCIE
Sem sair de casa:
Ligue 180 Central de Atendimento à Mulher faz uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.
O serviço também fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso: Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.
A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher.
O Ligue 180 atende todo o território nacional e também pode ser acessado em outros países.
Registre a denúncia no site da Polícia Civil
Se não puder sair de casa ou usar o telefone, acesse o site www.pc.ms.gov.brclique no link “B.O. ONLINE DELEGACIA VIRTUAL” e, no Serviço ao Cidadão, clique em “REGISTRAR DENÚNCIA Violência contra a mulher”preencha os campos com as informações solicitadas (você não precisa se identificar). Nesse canal, também é possível fazer denúncia de violência contra criança e de violência contra pessoa idosa.
É possível também fazer a denúncia online na Polícia Civilpor meio de aparelho celular, no aplicativo MS DIGITAL, no ícone Segurança. O aplicativo está disponível nas nas lojas virtuais para versões IOS e Android, o MS Digital foi desenvolvido para reunir o máximo de serviços públicos, ocupando pouco espaço nos aparelhos celulares.
SE PUDER COMPARECER À UMA DELEGACIAvocê fará o registro do boletim de ocorrência, narrando os fatos para a autoridade policial e dando início à investigação criminal.
Em Campo Grande, em caso de violência contra meninas (menores de idade) ocorrida no período noturno ou finais de semana, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), localizada na Casa da Mulher Brasileira, faz o atendimento e posterior encaminhamento para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (DEPCA) .
Fontes: CE/ML