Sérgio Guenka, de 52 anos, acusado de assassinar a garota de programa Cristiane Eufrásio Millan, de 42 anos, com 30 facadas, morreu na tarde da última segunda-feira (5) após passar mal na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande. Ele havia sido preso em flagrante no dia 24 de abril deste ano, após cometer o crime em sua residência, localizada no bairro Santo Antônio.
O crime ocorreu no dia 20 de abril, quando Guenka atacou Cristiane depois de ela, segundo ele, recusar-se a fazer o programa por considerá-lo “muito feio”. Após o brutal assassinato, Guenka permaneceu por dois dias com o corpo da vítima em sua casa antes de ligar para sua irmã e confessar o crime. O corpo foi encontrado no quarto do acusado, onde Cristiane estava seminua, apenas com calcinha, caída sobre o chão.
Durante a investigação, Guenka apresentou versões conflitantes sobre o motivo do crime. Em um momento, alegou que “surtou” devido à recusa da vítima; em outra versão, afirmou que acreditava que Cristiane era uma mulher impura, justificando o assassinato com base em suas convicções religiosas.
Sérgio Guenka sofria de esquizofrenia paranoide e estava em tratamento psiquiátrico há mais de 20 anos, fazendo uso de diversos medicamentos controlados. Sua defesa havia solicitado um exame de sanidade mental, argumentando que ele não poderia responder pelo crime como uma pessoa mentalmente sã. Ele também recebia um benefício assistencial em decorrência de seu problema mental.
Na segunda-feira (5), Guenka começou a se queixar de dores abdominais, um problema que, segundo sua irmã, ele já enfrentava há meses. Por volta das 15h30, foi levado ao Hospital Regional de Campo Grande, onde sofreu uma parada cardiorrespiratória. Apesar das tentativas de reanimação, ele não resistiu, e seu óbito foi confirmado às 17h20.
O caso envolvendo a morte de Cristiane Eufrásio Millan gerou grande comoção pela brutalidade do ato e pelos detalhes perturbadores que surgiram durante as investigações.
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