Um homem de 40 anos foi preso na madrugada desta sexta-feira (13), no Distrito de Nossa Senhora da Guia, município de Cuiabá, pela morte de Enil Marques Barbosa, de 59 anos. Segundo a Polícia Civilela foi enterrada viva.
De acordo com o delegado Nilson Faria, o suspeito, que era companheiro da vítima, contou que a empurrou durante uma discussão. Na queda, ela teria batido a cabeça e desmaiado. Em seguida, ele amarrou os pés e mãos de Enil e a enterrou viva.
Após enterrá-la, ele juntou folhas em cima da cova e ateou fogo, contudo, Enil conseguiu soltar um dos braços e fez uma tentativa de sair da cova, porém, o braço foi queimado.
Depois de matar Enil, Iris Divino de Freitas, de 40 anos, se apossou do celular dela e manteve contato com os familiares da vítima, como se fosse ela. Aproveitou a ocasião para pedir dinheiro à família.
Ao perceberem o sumiço de Enil, que costumava mandar mensagens de áudio e não apenas de texto, e desconfiarem de que algo teria acontecido, familiares disseram que iriam visitá-la. Foi quando Iris, se passando por ela, disse que estava em Goiânia, onde teria ido visitar a sogra.
Os filhos, desconfiados, perguntaram onde estava o namorado de Enil, e ele, se passando por ela, disse que tinha ficado no Distrito da Guia. Os filhos então, decidiram ir até a casa da mãe.
Quando chegaram, foram recebidos por Iris Divino, que não queria deixá-los entrar e informou que Enil não estava na residência. No entanto, ao entrarem na casa, eles acharam o celular no quarto e perceberam que algo estava errado. Chamaram a polícia.
Segundo o delegado, quando os policiais chegaram na casa, localizaram o corpo no quintal. Então cavaram o local e encontraram Enil. Identificaram que o braço estava queimado, mas o corpo estava intacto, o que evidencia que a vítima ainda estava viva quando foi enterrada.
Ainda segundo as investigações, os dois se conheceram há, aproximadamente, um mês por uma rede social e passaram a morar juntos. Iris Divino tem 9 passagens por estelionato e uma por furto.
O delegado explicou também que o autor do feminicídio alegou que o crime teria ocorrido no fim de semana passado. Porém, apenas a perícia poderá atestar o período em que a vítima foi morta.