Em “quartel” usado para organizar crimes, GARRAS apreendeu colete balístico e dois carregadores de pistola.40, bem como munições deste mesmo calibre
Policiais do Garras encontraram neste domingo um ponto que seria usado por quadrilha, em Campo Grande, para organizar a prática de crimes, local que seria usado inclusive para o tráfico de drogas e onde os agentes apreenderam até mesmo dois coletes à prova de balas.
Conforme a Polícia Civil, o trabalho foi realizado por agentes da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras), indicando “José Maksoud”, nome de uma avenida localizada nos fundos do bairro Monte Castelo, como o ponto onde supostamente seria o “quartel” da quadrilha.
Ainda que os criminosos, segundo a polícia, tenham conseguido fugir, as apreensões foram feitas no local, onde os agentes encontraram desde itens que configuram tráfico de drogas.
Entre as apreensões foram localizados:
- Cerca de 100g de maconha
- 150g de cocaína
- Placa de moto com identificação paraguaia
- Balança de precisão
- Papel filme para embalagem
Além desses itens, inclusive, a polícia apreendeu um colete balístico e dois carregadores de pistola.40, bem como munições deste mesmo calibre.
Informações levantadas pela polícia civil mostram que o endereço era usado como ponto de encontro dos criminosos, classificados pelo setor de inteligência como de “alto potencial de violência”.
Segundo a Polícia Civil, o “QG” era usado para organizar crimes violentos: “como roubos e homicídios, dispondo, inclusive, de um colete balístico e munições para tal intuito”, expõe a PC em nota.
Ainda, os policiais indicam que os autores estavam na residência e conseguiram fugir ao perceberem a presença policial, no momento em que os agentes investigadores do Garras monitoravam o endereço.
Com isso, para além das apreensões, a polícia segue com as investigações.
Confrontos
Ainda que, dessa vez, não tenha acontecido um encontro entre policiais e grupos criminosos, o número por mortes por intervenção de agente do estado segue aumentando, indicando a prática de um punitivismo que vai contra a Lei de Execução Penal e põe agentes policiais em risco.
Isso porque, conforme a Lei 7.210/1984, é garantido que até mesmo detentos e condenados precisam ter os direitos respeitados pelo Estado.
Diferente disso, Mato Grosso do Sul desde 2020 registra uma crescente no número de vítimas por agentes do Estado, sendo o ano passado o mais violento desse índice, com 131 mortos derivados desses supostos confrontos.
Até o fim do sexto mês de 2023, 60 pessoas tinham sido mortas por agentes do Estado, neste ano, até então, 42 vítimas foram registradas, sendo a última o policial militar envolvido com narcotráfico, cabo Almir Figueiredo Barros.
Almir foi morto na tarde desta sexta-feira (21) por colegas do Batalhão de Choque durante uma operação de captura de um grupo envolvido no roubo de um caminhão e no tráfico de drogas, como bem abordou o Correio do Estado.