Após a morte de uma bebê, de 1 ano e 6 meses, a mãe da criança, Janaína Benites, de 37 anos, e da idosa Liria Batista, de 60 anos, encontradas carbonizadas na Aldeia Bororó, em Dourados – a 225 quilômetros de Campo Grande, nesta segunda-feira (31), o MDHC (Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania) emitiu uma nota classificado a situação como um “grave ataque”.
Em nota, a pasta divulgou que a informação que consta é que homens armados invadiram o território, efetuaram diversos disparos e incendiaram moradias, uma delas, sendo da família que morreu carbonizada. Ainda conforme o comunicado, os moradores foram forçados “a se refugiarem na mata para preservas suas vidas”.
“Este episódio de extrema gravidade evidencia mais uma violação aos direitos humanos e ao direito dos povos originários de viverem com dignidade, segurança e paz em seus territórios tradicionais. Por este motivo, o Ministério dos Direitos Humanos informa que as medidas cabíveis estão sendo articuladas de forma coordenada com os demais ministérios envolvidos”, diz trecho da nota.
A pasta ainda afirmou que recebeu as lideranças Kaiowá Valdelice Veron e Simon Mendes em Brasília, onde foram ouvidas as denúncias e reivindicações urgentes das lideranças, reafirmando o compromisso do MDHC com o diálogo direto e a escuta dos povos indígenas.
“Reafirmamos nosso compromisso com a promoção da justiça, da verdade e da dignidade para todos os povos indígenas do Brasil”, finalizou o ministério.
No local, uma mulher com queimaduras nos braços e machucado nos olhos, foi detida e fornece informações aos policiais sobre outras pessoas que estariam no barraco.
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