Rio Paraguai é preservado, dragagem é descartada pelo governo federal
Em uma vitória para o meio ambiente e para os defensores do Pantanal, o Ministério de Portos e Aeroportos decidiu não realizar a dragagem de aprofundamento no Tramo Norte do Rio Paraguai, entre Corumbá (MS) e Cáceres (MT). A decisão, tomada após reunião com pesquisadores especializados, visa proteger a rica biodiversidade da região, considerada o “coração do Pantanal”.
A preocupação com os possíveis impactos ambientais da dragagem, expressa em uma carta aberta assinada por diversos pesquisadores, foi acatada pelo governo federal. A decisão de manter o trecho com profundidade menor, permitindo a navegação apenas de embarcações de pequeno e médio porte, garante a preservação da planície de inundação do Pantanal, fundamental para a manutenção da biodiversidade da região.
O secretário de Hidrovias, Dino Antunes, ressaltou a importância de conciliar o desenvolvimento econômico com a proteção ambiental. “Estamos falando de um sistema de transporte altamente sustentável. Não faz sentido bloquear qualquer solução de hidrovia sem o conhecimento dos projetos e de seus impactos ambientais”, afirmou o secretário.
O Tramo Sul do Rio Paraguai, por sua vez, não sofrerá restrições, pois possui profundidade natural suficiente para a navegação de grandes embarcações. A dragagem nesse trecho será limitada à manutenção, garantindo a segurança da navegação e minimizando os riscos ambientais.