“Guardiã da floresta”, “mãe das árvores”, “escada do céu”, são algumas formas populares de referência à Samaúma (Ceiba pentandra), árvore que inspira a construção da logomarca da presidência brasileira do BRICS em 2025.
Com capacidade de atingir 60 metros de altura e dois metros de diâmetro, é uma gigante da Amazônia e, sua escolha é uma proposta visual que, dentre tantos outros aspectos, busca traduzir a grandiosidade diplomática, socioeconômica e política do Fórum, segundo o Governo Federal em nota.
Com anúncio feito ontem (20), o Brasil já se prepara para ser sede do encontro pelo segunda vez, 15 anos após prestar esse papel de anfitrião para o Fórum que inicialmente era composto por:
- Brasil,
- Rússia,
- Índia,
- China e
- África do Sul,
Depois disso, houve ampliação pela participação de Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Egito e Etiópia.
“A capacidade da Sumaúma de retirar água das profundezas do solo, mesmo em tempo de seca, e compartilhá-la com outras plantas, simboliza a cooperação e o desenvolvimento compartilhado.
As sapopemas também são usadas para comunicação na floresta.
A estrutura de maneira combinada à quantidade de água acumulada no tronco, uma vez golpeada, propicia um som que ecoa por longas distâncias, o que evoca a ideia de conexão e diálogo”, justifica nota da secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Brics
Nascido de um acrônimo (palavra formada por iniciais) cunhado em 2001 por Jim O’Neil, então economista-chefe do banco de investimentos Goldman Sachs, o Brics nasceu como Bric, que também significa tijolo em inglês.
Na época, o economista tentava designar economias emergentes com alto potencial de crescimento no século 21. Somente em 2006, os quatro países constituíram um fórum formal de discussões, na Reunião de Chanceleres organizada à margem da 61ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro daquele ano.
Em 2014, a integração aumentou, com o anúncio da criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como Banco do Brics, na reunião de cúpula em Fortaleza, em julho daquele ano.
Fundada formalmente em 2015, a instituição financia projetos de infraestrutura e crescimento sustentável nos países-membros. Em oito anos, o NDB emprestou US$ 33 bilhões para 100 projetos de infraestrutura, energia renovável, transporte, entre outras iniciativas.
O Brics formou um fundo de reservas com o objetivo de preservar a estabilidade financeira dos países-membros em tempos de crise. Reserva de recursos para ser usada como socorro em caso de necessidade, esse fundo foi instituído já com um aporte de US$ 100 bilhões.