O Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (4) o repasse de mais uma parcela de US$ 47 milhões ao Fundo Amazônia do Brasil. A nova parcela, informou a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, completa a entrega inicial de US$ 50 milhões ao fundo, que tem como objetivo financiar ações de proteção ambiental do bioma amazônico.
O repasse do governo norte-americano também é parte do compromisso de contribuir com US$ 500 milhões ao Fundo Amazônia, feito pelo presidente Joe Biden, em abril de 2023.
“A Administração Biden continuará a trabalhar com o Congresso norte-americano para solicitar e garantir o financiamento remanescente para o Fundo e atividades relacionadas até 2028”, informou o governo norte-americano por meio de nota.
Na mesma nota, o governo dos Estados Unidos ainda parabenizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pelo combate ao desmatamento no bioma amazônico.
“Os Estados Unidos parabenizam o governo Lula pelo extraordinário sucesso na redução do desmatamento na Amazônia pela metade em 2023 – alcançando o nível mais baixo desde 2018”, afirma a nota.
“O combate à crise climática é um pilar da parceria do governo dos EUA com o Brasil. Estamos orgulhosos de apoiar esses esforços para combater o desmatamento, fortalecer a conservação e promover oportunidades sustentáveis para comunidades indígenas, ribeirinhas e outras comunidades tradicionais na Amazônia e em outras regiões”, complementou a embaixada.
Parceria
O repasse de mais de recursos para o Fundo Amazônia reforça a parceria dos governos de Lula e de Biden na área ambiental, e também no campo político. Neste ano o presidente brasileiro já declarou, mais de uma vez, apoio a reeleição de seu homólogo norte-americano.
Na gestão passada, do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Fundo Amazônia foi suspenso depois de divergências entre sua administração com os países doadores. O Fundo foi retomado assim que Lula tomou posse. Em 2023, além do retorno de Noruega e Alemanha, outras nações se prontificaram a ajudar na preservação da floresta, como EUA, Reino Unido, Suíça e Japão.
O meio ambiente é um dos trunfos usados na campanha de Joe Biden para se reeleger, em uma tentativa de se diferenciar de seu adversário, o ex-presidente Donald Trump.
Uma das medidas tomadas por Trump quando estava na Casa Branca foi sair do Acordo de Paris — compromisso assumido pelos países para a redução dos efeitos do aquecimento global.
O Fundo Amazônia é usado para financiar projetos para combater o desmatamento na Amazônia e, ao mesmo tempo, desenvolver a região.
O maior doador é a Noruega, que no mês passado repassou US$ 50 milhões ao Brasil, valor que compôs um estoque de mais e US$ 1 bilhão. A Alemanha também é um dos colaboradores históricos.