O Governo do Mato Grosso do Sul, por meio do Corpo de Bombeiros, e a Força Nacional estão unindo esforços para combater os focos de incêndio no Pantanal. Na última quarta-feira (3), quatro equipes atuaram na fazenda São Bento, próxima à região da Maracangalha.
As equipes atravessaram o Rio Paraguai de balsa e seguiram por mais 33 km até o local de ação. Cinco viaturas, incluindo um caminhão Auto Tanque de 7 mil litros, foram usadas para combater as chamas.
Participaram da operação 16 profissionais, entre bombeiros do Mato Grosso do Sul, de Brasília e militares da Força Nacional. Duas aeronaves Air Tractor da ICMbio também sobrevoaram a área, realizando três disparos de água para ajudar no combate.
“Realizamos aqui um combate direto, com as queimadas evoluindo desde ontem. É um local de muito desgaste aos militares, difícil de ação, que exige muito esforço”, afirmou o tenente José Francisco Morel, comandante da operação.
O tempo seco e a mudança repentina do vento dificultaram a ação, mas as equipes continuam trabalhando para controlar os focos. “Fizemos uma ação de combate aqui nos últimos dias, mas o vento mudou e voltou alguns focos. Por isso tivemos que refazer a estratégia”, explicou Morel.
O capitão Gabriel Lopes, comandante operacional do Corpo de Bombeiros em Corumbá, destacou a importância do trabalho conjunto para enfrentar os incêndios. “Lá estamos fazendo este trabalho conjunto, até porque o fogo se dividiu em dois focos”, disse Lopes.
Moradores da região, como Ailton Pavão, reconhecem e valorizam o esforço das equipes. “Moro há dois anos aqui no Pantanal e sempre digo que é um lugar ótimo para se viver. Estes incêndios assustam, mas é sempre muito bom contar com o apoio dos bombeiros”, afirmou Pavão.
Com mais de 100 dias de operação no Pantanal, já foram mobilizados 446 bombeiros do Mato Grosso do Sul, 82 militares da Força Nacional e 233 brigadistas do Ibama. A operação conta com 11 aeronaves e 39 veículos, incluindo caminhonetes, caminhões e lanchas.
Além da região da Maracangalha, os trabalhos continuam em outras áreas, como ao norte de Corumbá, nas regiões do Porto Sucuri, Paraguai Mirim, Buraco das Piranhas, Rio Abobral, Rio Taquari e Pantanal do Rio Negro.