Golpista é preso em Três Lagoas por envolvimento em esquema que cobrava R$ 17 mil por troca de pneus

Um homem de 46 anos foi preso em Três Lagoas, na tarde de ontem (15), durante a Operação “Engrenagem Segura”, deflagrada pela Polícia Civil do Estado de Goiás com apoio da Seção de Investigação Geral (SIG) da Delegacia local e do GARRAS (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros).

A ação foi realizada simultaneamente em Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul e teve como objetivo desarticular uma associação criminosa especializada em fraudes no setor de serviços automotivos.

Em Três Lagoas, os agentes localizaram e prenderam o investigado, que havia se mudado recentemente para o município. Ele foi conduzido à sede da SIG, onde foi interrogado, teve o celular apreendido e, em seguida, foi encaminhado às celas da DEPAC, onde permanece à disposição da Justiça.

De acordo com a Polícia Civil, quatro pessoas foram presas temporariamente e cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos ao longo das diligências.

A investigação teve início a partir da denúncia de uma idosa que levou o carro a uma oficina para trocar pneus. Inicialmente orçado em R$ 2.156,00, o serviço acabou virando uma cobrança abusiva de R$ 17.100,00 após ela ser coagida a autorizar “reparos urgentes”. A cobrança só foi reduzida para R$ 7.200,00 após questionamentos. Uma perícia técnica confirmou que os serviços descritos na nota fiscal sequer foram realizados.

Segundo a polícia, esse caso revelou o modo de atuação do grupo, que já era alvo de centenas de reclamações em plataformas como Google e ReclameAqui. O golpe consistia em atrair clientes com ofertas promocionais para serviços básicos, como troca de óleo ou pneus, e em seguida aplicar pressão psicológica para convencê-los a autorizar consertos falsos, gerando cobranças exageradas por serviços que não eram executados.

Ainda conforme a investigação, os envolvidos operavam com diferentes razões sociais, frequentemente usando nomes parecidos com os de empresas reconhecidas no mercado, o que dificultava a identificação e rastreio das fraudes.

O grupo teria começado suas atividades no Distrito Federal, onde alguns integrantes já têm antecedentes por crimes patrimoniais, e depois expandiram o esquema para Goiás e Mato Grosso do Sul.

Os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato, associação criminosa, crimes contra as relações de consumo e, a depender do avanço da análise patrimonial, também por lavagem de dinheiro.

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