Não faltou emoção na noite desta quarta-feira (23) em Goiânia. O torcedor que lotou o estádio Serra Dourada presenciou uma decisão digna de final, com direito a gol nos acréscimos, disputa por pênaltis e muita tensão. No fim, deu Paysandu. O time paraense empatou por 1 a 1 com o Goiás no tempo normal e venceu por 5 a 4 nas penalidades, levantando a taça da Copa Verde pela quinta vez.
A conquista coloca o clube bicolor como o maior campeão da história da competição e garante ao Papão uma vaga direta na terceira fase da Copa do Brasil 2026. O título também marca o segundo troféu seguido do Paysandu na Copa Verde — a equipe já havia vencido a edição de 2024, além de ter sido campeã em 2016, 2018 e 2021.
Pressão do Papão e resposta rápida do Goiás
Depois de um empate sem gols no jogo de ida, no Mangueirão, em Belém, o clima era de tudo ou nada em Goiânia. E as duas equipes sabiam disso. Desde os primeiros minutos, o ritmo foi intenso. O Paysandu começou melhor e levou perigo com Rossi em pelo menos três oportunidades. Mas quem abriu o placar foi o Goiás.
Aos 24 minutos do primeiro tempo, Lucas Lovat cruzou pela esquerda e Welliton Matheus apareceu bem para cabecear no contrapé do goleiro Matheus Nogueira. Dois minutos depois, o atacante quase ampliou ao acertar a trave. O Esmeraldino seguiu pressionando com Messias, também de cabeça, antes do intervalo.
No segundo tempo, o Goiás parecia mais tranquilo. Administrava o resultado e criava menos, mas controlava o jogo até os acréscimos. Foi quando o inesperado aconteceu. Aos 48 minutos, Rossi cruzou, Messias falhou ao tentar cortar e Cavalleri apareceu na segunda trave para empatar o confronto e levar a decisão para os pênaltis.
Nos pênaltis, emoção até o fim e festa bicolor em Goiânia
A série de cobranças começou com os capitães. Tadeu converteu para o Goiás. Rossi, um dos destaques do Paysandu, mandou por cima e deixou os paraenses em desvantagem logo de cara. Na sequência, Arthur Caíke e DG marcaram pelo time da casa, enquanto Giovanni e Marlon Douglas mantiveram o equilíbrio para o Papão.
Mas a disputa mudou de rumo quando Gonzalo Freitas isolou a cobrança. Cavalleri empatou. Depois, Messias e Nicolas mantiveram o placar em 4 a 4 e levaram para as alternadas. Na primeira delas, Marcão Silva mandou por cima. Coube a Leandro Vilela, volante bicolor, a missão de fechar a conta. Ele bateu firme, garantiu a vitória por 5 a 4 e a festa dos mais de 38 mil torcedores do Papão que estavam presentes em Goiânia.
Mesmo com o susto inicial, o Paysandu mostrou poder de reação. Conseguiu empatar nos minutos finais do tempo normal e virou nos pênaltis. O título coroa a boa fase do clube, que agora volta as atenções para a Série B do Campeonato Brasileiro, onde tenta garantir uma das quatro vagas para a elite do futebol nacional em 2026.
Próximos passos na temporada
Agora, a maratona de jogos continua. O Paysandu entra em campo no próximo sábado (26), no Mangueirão, contra o CRB, pela quinta rodada da Série B. Já o Goiás joga na segunda-feira (28), fora de casa, contra o Botafogo-SP, no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto.
Ambas as equipes seguem na disputa por um lugar na Série A, mas o Papão tem um motivo a mais para comemorar. Com o título da Copa Verde garantido, o time de Belém assegura também uma boa vantagem financeira e calendário definido para o próximo ano, com a vaga direta na terceira fase da Copa do Brasil.
Com cinco títulos, o Paysandu se isola como maior vencedor da Copa Verde.
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