O mercado de trabalho brasileiro vive um momento de recuperação acelerada e consistente em 2025. Em abril, o país criou 257.528 vagas com carteira assinada, o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), iniciada em 2020. Todos os estados e setores registraram saldos positivos.
Os dados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego e analisados pelo Instituto Mauro Borges (IMB). Em destaque, Goiás consolidou-se como protagonista ao gerar 14.780 novos postos de trabalho formais, o segundo maior crescimento percentual do país no mês, ao todo foram 92.435 admissões contra 77.655 desligamentos, com alta de 0,91%.
No Brasil, o saldo de abril decorre de 2.282.187 admissões e 2.024.659 desligamentos. Esse movimento fez o país ultrapassar pela primeira vez na história a marca de 48 milhões de vínculos formais — uma conquista que simboliza não apenas o vigor da economia, mas também o impacto de políticas públicas voltadas à formalização do trabalho.
Goiás, que desde o início de 2025 vem apresentando desempenho acima da média nacional, atingiu em abril um estoque total de 1.630.857 empregos formais, um recorde para o estado. O saldo positivo é resultado direto do dinamismo econômico regional e da contribuição de todos os setores produtivos. O segmento de serviços foi o maior gerador de empregos, com 4.989 novas vagas, seguido pela indústria (3.356), construção civil (3.194), agropecuária (2.122) e comércio (1.119).
Segundo o governador Ronaldo Caiado, os números comprovam o êxito das políticas públicas voltadas à geração de emprego e renda. “O emprego é a maior política social que existe no mundo. Incentivar a criação de vagas é uma meta do meu governo”, afirmou.
Goiás acima da média nacional e regional
O desempenho de Goiás se destaca também no acumulado de 2025. Nos quatro primeiros meses do ano, o estado alcançou um crescimento de 3,56% no número de empregos formais, superando com folga a média nacional, que foi de 1,95%, e a da Região Centro-Oeste, de 3,08%. Isso representa uma diferença de 1,61 ponto percentual acima da média do país e 0,48 ponto acima da região, consolidando Goiás como a unidade federativa com o maior avanço proporcional no acumulado do ano.
Panorama nacional: Serviços impulsiona geração de vagas no país
No panorama nacional, o setor de serviços também foi o principal motor da geração de empregos, com 136.109 vagas formais criadas em abril — avanço de 0,58%. Destaque para atividades de informação, comunicação, finanças, imobiliárias e serviços administrativos, que juntas somaram 52.446 novos postos. O comércio veio em seguida, com 48.040 vagas (0,45%), seguido pela indústria (35.068), construção (34.295) e agropecuária (4.025).
São Paulo foi o estado que mais criou vagas no mês, com 72.283 postos, seguido por Minas Gerais (29.083) e Rio de Janeiro (20.031). Em termos proporcionais, Goiás (0,91%) ficou atrás apenas do Espírito Santo (0,93%) e à frente do Piauí (0,88%).
Outro dado relevante é o crescimento do salário médio de admissão no país, que alcançou R$ 2.251,81 em abril, um aumento de R$ 15,96 (+0,71%) em relação a março (R$2.235,85). Na comparação com abril de 2024, o ganho real foi de R$ 6,62 (+0,28), reforçando a tendência de valorização do trabalho formal.
Saldo acumulado do ano confirma retomada econômica
De janeiro a abril, o Brasil acumulou 922.362 novos empregos formais. No intervalo dos últimos 12 meses — de maio de 2024 a abril de 2025 — o saldo positivo já alcança 1,6 milhão de vagas. No mesmo período, os cinco grandes setores da economia também mantiveram desempenho positivo. Os serviços lideraram com 504.571 novos postos (+2,19%), seguidos pela indústria (190.477), construção (135.202), agropecuária (55.605) e comércio (36.523).
Os números indicam que a recuperação econômica brasileira ganha fôlego em 2025, com crescimento disseminado por todo o país. O caso de Goiás, que se destaca tanto em números absolutos quanto proporcionais, mostra como políticas estaduais bem alinhadas às demandas do mercado de trabalho podem acelerar o desenvolvimento regional e contribuir significativamente para o cenário nacional.
Se mantida essa tendência, o ano promete fechar com saldo recorde na geração de empregos, consolidando 2025 como um marco na retomada do crescimento, na formalização do trabalho e na redução das desigualdades sociais. (