A gerente de um supermercado no Indubrasil, em Campo Grande, foi presa novamente por furto de energia na manhã desta quinta-feira (3). Essa é a segunda vez que a mulher – também advogada – foi presa em uma semana e, além do furto, ela foi autuada por vender produtos vencidos e sem rótulos no estabelecimento.
Equipes da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) e da concessionária de energia foram até o estabelecimento por volta das 9h15, onde constataram que o furto de energia elétrica continuava ocorrendo, mesmo após a prisão da gerente na última quinta (26).
Com isso, os policiais da especializada e fiscais do Procon (Secretaria Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor) entraram no supermercado e encontraram grande quantidade de mercadorias vencidas nas gôndolas, sem rotulagem e sem especificação.
A equipe encontrou bacon fracionado e farinha de rosca de fabricação própria sem rotulagem e especificação. Na ilha, estavam 47,80 quilos de linguiças, carnes temperadas e alguns cortes, sem rotulagem e sem registro de inspeção do SIM (Serviço de Inspeção Municipal), 389 gramas de mussarela fatiada e 2,29 quilos de mortadela fatiada.
Durante a fiscalização, os policiais e os fiscais também constataram que o supermercado comercializava cárneos manipulados, fracionados sem data de produção e validade. Os produtos estavam na câmara fria do açougue, onde também foram encontrados 19,2 quilos de frango descongelado, sendo que na embalagem constava a obrigatoriedade de manter o produto a 12 graus negativos.
Ainda, o estabelecimento contava com salsicha avulsa, 2,9 quilos de queijo mussarela em barra com a embalagem aberta e sem informações da data de produção.
Por fim, os policiais localizaram 13 maços de cigarro, de origem estrangeira, de marca paraguaia, fruto de contrabando. Diante dos fatos, a mulher foi presa em flagrante e levada para a Decon, onde o caso foi registrado.
Gerente deixou prejuízo de R$ 87 mil no mercado
No supermercado alvo da Operação Lumens na última quinta-feira (26), na Rua Indaiatuba, os policiais descobriram o furto da energia nas três fases do estabelecimento. O prejuízo causado é de cerca de R$ 87 mil. A gerente do supermercado foi encaminhada para a delegacia.
Durante o depoimento, ela se manteve em silêncio. Na sexta (27), a mulher passou por audiência de custódia e fiança foi reduzida de R$ 9.800 para R$ 5 mil. Com isso, o valor foi pago e ela liberada.
O delegado Reginaldo Salomão, da Decon, falou com o Jornal Midiamax sobre a ação e o crime. “É um crime desnecessário porque o governo tem planos, tem projetos para pessoas carentes que não conseguem suportar as despesas com energia elétrica, basta fazer um cadastro, a proprietária de um mercado está sendo conduzida em flagrante, é um mercado grande, aí há grandes problemas, além de parte desse consumo de 25% ser distribuído para os demais consumidores pagar, o resto faz com que as tarifas sejam mais altas porque a empresa tem que suportar isso de algumas outras situações, eles acabam impactando na comunidade, acabam impactando na comunidade”, ressaltou Salomão.