A tese vem de 1.952. Naquele longínquo ano, um cientista chamado Peter Medawar propôs a teoria da acumulação de mutações. Dizia que nosso organismo só nos protege até termos filhos, daí em diante, há um acúmulo de mutações deletérias que acabam nos matando. Cinco anos depois, a Universidade de Michigan publicou um estudo corroborando a tese de Medawar. E ainda acrescentava que era importante as mulheres terem filhos ainda jovens para não sofrerem com um acúmulo de mutações que as matariam mais cedo.
Número de filhos e esperança de vida. O estudo Framingham, relacionado ao coração, veio acrescentar o dado que está no título desta matéria: ‘há uma correlação negativa entre números de filhos e esperança de vida em mulheres’. Bem claro: quanto maior o número de filhos, menor a esperança de vida.
Pesquisa recente com 276.000 mulheres. Mas esta não é uma história perdida no tempo. Em recente estudo promovido pela Universidade de Michigan, publicado na revista científica ‘Sciense Advances’, com 276.000 mulheres britânicas, corroboraram a hipótese de que mulheres com muitos filhos tendem a viver menos. E tem mais. Outro artigo publicado na revista ‘Nature’, feito com 16 mamíferos, mostrou que esse fenômeno é típico não só de mulheres, mas vale para tantos outros mamíferos. Mas há um porém muito estranho, sem explicação: uma mulher com dois filhos tem expectativa de vida superior a uma que não teve filhos.
Fonte: Msnews