Após a demissão de Boninho, aliado ao fiasco da estreia do “Estrela da Casa”, gerou uma sensação de que talvez o “Big Brother Brasil”, campeão de audiência da TV Globo, pode estar saturado e chegando ao fim. Na última temporada, apesar do reality ter dado audiência e engajamento, o público teve antipatia pela maioria dos participantes do programa no final da edição.
Levando em consideração a atual circunstância, é válida a reflexão: como o Big Brother Brasil pode se reinventar na próxima temporada? Será que o reality show mais famoso do país ainda consegue se manter como um fenômeno de audiência?
O portal Leo Dias conversou com alguns jornalistas especialistas em televisão e realitys que opinarem sobre o assunto. A projeção é de que o programa continue rendendo, independente da mudança de contexto.
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Expectativas
Já foi especulado antes mesmo da demissão de Boninho, de que existe a ideia dentro da emissora da família Marinho que o BBB 25 consiga ultrapassar a marca de 100 episódios, de acordo com as informações do colunista do portal Leo DiasFlávio Ricco. Os boatos são de que a nova temporada terá a duração de 6 meses, sendo a maior da história.
Para os jornalistas que comentam sobre reality show e são especialistas no assunto, é certo que o BBB vai seguir permanecendo como uma máquina de audiência e engajamento. Mesmo com mudanças de cenários e contextos, o retrospecto do programa é de que ele sempre se reinventa.
Conexão e impacto
A jornalista e apresentadora Cíntia Limaque atualmente comanda um podcast de entretenimento na Record, afirma que o formato do BBB agrada o brasileiro. “Acho que a gente conseguiu ultrapassar a barreira do Big Brother ser só um joguinho. Não é mais assim. De uns bons anos pra cá, os telespectadores conseguiram enxergar o programa como um recorte da sociedade. Aí é a grande diferença, porque a gente passa a se conectar com os participantes”, disse.
Cíntia ainda reforça o quanto os acontecimentos da casa mais vigiada do Brasil impactam o país. “As pautas levantadas lá dentro, os comportamentos, se refletem diretamente aqui fora, e gera debate, tanto nos canais, como nas redes sociais.”
Sobre a saída do Boninho e a mudança do cenário para o formato do programa, a comunicadora foi enfática ao afirmar que isso não vai afetar a força do BBB. “Mesmo com a saída do Boninho, mesmo com um possível desgaste, que todo ano a gente ouve ‘ninguém aguenta mais’, eu acho que não acaba. Tem um público muito forte, cativo, muito grande. A gente vai continuar consumindo o Big Brother Brasil”, pontuou.
Reinvenção
Para o jornalista e influenciador Garoto Barneyum dos colunistas mais lidos do país, as perspectivas para as próximas temporadas do BBB são positivas. “O Big Brother tem no DNA dele essa reinvenção. Eu acho que ao longo do tempo ele foi achando caminhos em que, cansando um, já pensa em outro”, ponderou.
Chico também comentou a respeito do que o programa representa no mundo do entretenimento televisivo. “Se a gente for ver a relevância do BBB hoje, ele é talvez o único produto da TV aberta que pauta a internet de fato. O Jornal Nacional não faz isso, a novela não faz isso, e nenhum outro canal. A longevidade e a força disso, obviamente vai sendo readequada conforme os hábitos de consumo de todo mundo”, frisou.
Antipatia e imortalidade
O youtuber, apresentador e comentarista de reality show, João Márciodiz que a questão do público gostar ou não dos integrantes do elenco não tem haver com o programa em si, mas sim da trajetória individual de cada um. “A antipatia do público com alguns participantes se dá mais por culpa dos próprios participantes do que da produção do programa. Eu sinto que eles já querem sair dali como um case de sucesso, e esquecem de viver”, comenta.
Segundo João, os medos baseados em estereótipos de outras edições, acabam atrapalhando os novos brothers a se permitirem encontrar o próprio caminho. “Ficou muito rotulado que todo participante que sai de um reality show vai sair bombando, e o novo que entra acaba esquecendo de jogar, se entregar, porque já fica com medo de ser cancelado e sabe que dependendo de alguma atitude não vai conseguir fechar contrato com marcas.”
Para o influenciador, os formatos de programas como BBB e Fazenda, nunca vão acabar. “O Brasil gosta de acompanhar realitys, e acho que é um gênero que nunca vai morrer, igual novela. Inclusive, o brasileiro acompanha reality show como novela. Então sinto que nunca vai ter fim, que sempre vai ter prestígio de patrocinador, pois hoje em dia o produto se expande e envolve muitas plataformas”, conclui João Márcio.