O furacão Milton, considerado um dos mais, perigoso, perdeu força, sendo reclassificado para tempestade de categoria 1
Helder Carvalho –
Ventos de 145 km/h. À 1h (no horário local; 2h da manhã, no horário de Brasília), o NHC (National Hurricane Center – Centro Nacional de Furacões em inglês) rebaixou a classificação do Milton de 3 para 1.
Dados de satélite indicam que o olho do furacão Milton atingiu Siesta Key, no Condado de Sarasota. O fenômeno chegou à costa acompanhado de ventos máximos estimados em 193 km/h, conforme relatório da agência. “Os moradores devem continuar se abrigando e vigilantes”, escreveu a Divisão de Gerenciamento de Emergências da Flórida, nas redes sociais.
Conforme informações da Uol, centros de evacuação em Sarasota estão lotados. Quase 10 mil pessoas e 1.700 animais de estimação estavam em abrigos na cidade com 57 mil habitantes. Esse seria o maior número já registrado durante uma evacuação, disseram autoridades de gerenciamento de emergência à rede de TV NBC News.
Tampa e St. Petersburg já registram chuvas intensas e ventos fortes com aproximação de Milton. Mais de 2.2 milhões de clientes na Flórida estavam sem energia por volta da 1h (horário de Brasília), conforme aponta a plataforma PowerOutage.us.
Furacão Milton surgiu na costa mexicana e chegou à Flórida nesta quarta. O fenômeno se intensificou rapidamente entre segunda e terça-feira, com rajadas de vento ultrapassando os 280 km/h, mas desacelerou ao se aproximar do continente. Para ser considerado furacão, são necessárias algumas características específicas, como a origem tropical e a velocidade dos ventos superior a 119 km/h (ou 75 mph).
Ainda segundo informações da Uol, moradores foram alertados para se prepararem para o pior dos furacões nos últimos tempos. O prefeito da cidade de Bradentown, Gene Brown, pediu para aqueles que decidiram ficar escrevam seus nomes nos braços. Isso seria necessário para as pessoas serem identificadas no caso de morte em decorrência da passagem do furacão.
Milton causou estragos em outros lugares antes de chegar aos EUA. Ele provocou inundações, apagões, falhas nas redes de telefonia celular e o transbordamento de rios em Yucatán (México), e alagamentos e corte de energia em Havana (Cuba). Nenhum dos dois países, no entanto, esteve na rota do furacão.
Como calcular o potencial dos furacões
A escala Saffir-Simpson é usada para classificar furacões conforme a intensidade dos ventos. Ela foi criada em 1969 pelo engenheiro civil Herbert Saffir e pelo meteorologista Robert Simpson. As categorias vão de 1 a 5 (sendo 5 o mais intenso, com ventos superiores a 251 km/h) e servem para calcular danos e preparar a população.
Categorias de um furacão – velocidades dos ventos
- Cinco – igual ou superior a 252 km/h
- Quatro – 209 a 251 km/h
- Três – 178 a 208 km/h
- Dois – 154 a 177 km/h
- Um – 119 a 153 km/h
*Com UOL
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