Fruto de parceria estratégica entre Brasil, Peru e China, uma ferrovia transoceânica conectará porto do Brasil (banhado pelo Atlântico) a porto peruano (Pacífico)
Interessado em gerar uma rota que encurte distâncias entre portos brasileiros e portos chineses, o governo chinês está investindo 100 bilhões de dólares na construção da desafiadora ferrovia que atravessará os Andes e a Amazônia, nesta quarta-feira (15).
É uma nova etapa nas relações comerciais entre os países da América do Sul com a China que sempre tem uma grande demanda em commodities como a soja e minérios. Com a ferrovia conectando o Brasil e o Peru, ficará mais rápido e barato o transporte de mercadorias para o país asiático, devido ao encurtamento das distâncias marítimas entre os portos dos dois continentes.
A ferrovia também reflete a presença crescente da economia chinesa no aporte ao desenvolvimento dos países da América do Sul. Com a diminuição da influência dos Estados Unidos na região, a construção da ferrovia irá consolidar a China como grande parceiro comercial do Brasil e criará mais oportunidades no desenvolvimento de infraestrutura, criação de empregos e fortalecimento econômico do Brasil e de países vizinhos.
A ferrovia transoceânica também facilitará o comércio com países vizinhos ao Brasil aumentando o comércio regional e fortalecendo as economias dos países sul-americanos e reduzindo a dependência de outras rotas comerciais como o canal do Panamá que é mais extensa e está agora sobrecarregada.
Além disso, construir uma ferrovia em regiões tão inóspitas também necessitará de inovações tecnológicas e grande cooperação entre os países envolvidos na realização de um projeto tão ambicioso assim como a construção de forma sustentável em biomas tão sensíveis.