Com queimadas recordes e muita fumaça, ventos que deveriam trazer umidade da Floresta Amazônica estão, na verdade, carregando fumaça. Em Mato Grosso do Sul, o cenário deve ser ainda pior, já que a névoa do Norte será maximizada com a presença das queimadas no Pantanal, que já atingiram mais de 2 milhões de hectares consumidos pelas chamas.
De forma geral, o país está no pior momento em relação aos focos de incêndio da última década. A causa disso é uma consequência do El Niño, que deixou um déficit hídrico com a seca que causou no ano de 2023, e que se soma ao aquecimento do Atlântico, que continua fervendo.
O professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e especialista em qualidade do ar, Widinei Fernandes, explica a dinâmica dos ventos e interferência da fumaça no estado do Pantanal.
“Com a entrada da fria a direção dos ventos vai mudar, com isso teremos a chegada dessas fumaças em Campo Grande amanhã. Isso vai pior a qualidade do ar. Vamos monitorando para ver o quanto vai chegar de fumaça .Ponta Porâ, Bela Vista devem perceber essa fumaça antes. Provavelmente hoje no final da tarde”, comenta o pesquisador.