Atualmente, 10.936 pessoas vivendo com HIV no Estado fazem tratamento pela Secretaria Estadual de Saúde
Foram registrados 628 novos casos de HIV em Mato Grosso do Sul no ano de 2024, sendo 321 destes diagnósticos de Aids. No período, 157 pessoas morreram em decorrência da doença. Os dados são de um balanço parcial do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (Sinan), divulgado nesta sexta-feira (3) pelo Governo do Estado.
Atualmente, 10.936 pessoas vivendo com HIV fazem acompanhamento através da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Conforme o setor de Vigilância Epidemiológica da SES, o tratamento oportuno e o combate ao estigma são pilares indispensáveis para enfrentar o desafio.
Vale lembrar que ter o vírus HIV não significa ter Aids. A Aids é o estágio mais avançado da infecção, quando o sistema imunológico fica extremamente debilitado, deixando a pessoa vulnerável a doenças graves, como pneumonia e tuberculose.
O vírus HIV pode ser transmitido de diversas formas: relações sexuais sem proteção, transfusões de sangue contaminado, de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação, e pelo uso compartilhado de objetos perfurocortantes.
O tratamento se torna essencial, visto que estudos recentes identificaram que o paciente que faz o tratamento antirretroviral passa a ter o vírus “indetectável”, o que também o torna intransmissível. Foi concluído, através de pesquisas, que a pessoa vivendo com HIV e com carga viral indetectável por pelo menos seis meses não transmitem o vírus por via sexual.
Ações de combate
Segundo a SES, o ano de 2024 foi de avanços significativos no combate ao HIV em Mato Grosso do Sul. Foram distribuídos mais de 2,3 milhões de preservativos externos, 40 mil preservativos internos e 120 mil testes rápidos para HIV aos municípios.
Também foram fornecidas 4 mil latas de fórmula infantil para crianças expostas ao HIV, reforçando as ações de prevenção da transmissão vertical.
As ações estratégicas incluíram ainda a ampliação da testagem rápida em todas as unidades básicas de saúde e a oferta de profilaxias pré e pós-exposição (PrEP e PEP).
“O Governo por intermédio da SES tem investido não apenas em insumos, mas também em conscientização, acesso e dignidade para as pessoas vivendo com HIV. Com o arsenal terapêutico que temos hoje e as estratégias de prevenção combinada temos conseguido oferecer qualidade de vida para as pessoas que vivem com o vírus”, detalha a Coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES, Danielle Tebet.
A coordenadora ressalta ainda que diagnósticos precoces e tratamentos oportunos são fundamentais para reduzir a transmissão do HIV e garantir um cuidado integral e humanizado.
Sintomas do VIH
Quando ocorre a infecção pelo vírus, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV – tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença. Esse período varia de 3 a 6 semanas. O organismo leva de 8 a 12 semanas após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida. Caso haja suspeita de infecção pelo HIV, procure uma unidade de saúde e realize o teste.
Tratamento
Ainda não há cura para o HIV, mas há muitos avanços científicos nessa área que possibilitam que a pessoa com o vírus tenha qualidade de vida.
O tratamento inclui acompanhamento periódico com profissionais de saúde e a realização de exames. A pessoa só vai começar a tomar os medicamentos antirretrovirais quando os exames indicarem a necessidade. Esses remédios buscam manter o HIV sob controle o maior tempo possível.
A medicação diminui a multiplicação do vírus no corpo, recupera as defesas do organismo e, consequentemente, aumenta a qualidade de vida.
Para que o tratamento dê certo, o soropositivo não pode se esquecer de tomar os remédios ou abandoná-los. O vírus pode criar resistência e, com isso, as opções de medicamentos diminuem.
A adesão ao tratamento é fundamental para a qualidade de vida. Mesmo em tratamento, a pessoa com aids pode e deve levar uma vida normal, sem abandonar a sua vida afetiva e social. Ela deve trabalhar, namorar, beijar na boca, transar (com camisinha), passear, se divertir e fazer amigos.
Atualmente, existem os medicamentos antirretrovirais – coquetéis antiaids que aumentam a sobrevida dos soropositivos. É fundamental seguir todas as recomendações médicas e tomar o medicamento conforme a prescrição. É o que os médicos chamam de adesão, ou seja, aderir ao tratamento. Há, também, outras atitudes que oferecem qualidade de vida, como praticar exercícios e ter uma alimentação equilibrada.
Prevenção
O meio mais simples e acessível de prevenção ao HIV é o uso de preservativos masculino e feminino em todas as relações sexuais. Os preservativos são distribuídos gratuitamente em unidades de saúde e também podem ser comprados em estabelecimentos da iniciativa privada, como farmácias e drogarias.
Fonte: Biblioteca Virtual em Saúde/MINISTÉRIO DA SAÚDE (Leia mais aqui).