Incêndios florestais que já ameaçaram escola Jatobazinho, a ligação bioceânica e destruíram acesso da popular Estrada Parque,
Em quase três meses de operação de combate aos incêndios florestais constantes, o fogo no Pantanal já consumiu e afetou trechos de destaque no bioma, aproximando-se mais recente da ponte da BR-262 sobre o Rio Paraguai.
Conforme último balanço da operação, repassado pelo Corpo de Bombeiros, o fogo próximo à ponte sobre o Rio Paraguai foi identificado ainda na tarde desta quinta-feira (20).
Com o deslocamento da Guarnição da Base Avançada Corumbá, os agentes levaram trator, motobomba e sopradores.
Entre as estratégias de combate, como bem explica a tenente-coronel Tatiane Inoue, que atua como diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros de MS, as equipes aproveitam até mesmo o período noturno como parte do plano de combate.
Isso porque, segundo a diretora, o clima mais ameno e a umidade maior facilitam o trabalho, até por facilitar a visualização dos focos e as labaredas estarem menores, etapa em que os agentes aproveitam para avançar pelo terreno.
Esse combate no bioma acontece há dias, sendo que os focos principais tiveram início nas seguintes datas:
- 05 de junho | foco em Fort Coimbra
- 31 de maio | foco próximo ao Porto Laranjeira
- 05 de junho | foco próximo à escola Jatobazinho
- 02 de junho | foco na Região próximo a Corumbá;
- 05 de junho | foco próximo ao Frigorífico Caimasul:
Mais recente, os principais focos se concentram na região da ponte sobre o Rio Paraguai, próximo à Curva do Leque e Porto da Manga, bem como na região da Nhecolândia em Corumbá.
Além disso, até mesmo a escola Jatobazinho chegou a ser ameaçada pelas chamas e as crianças que ali estudam precisaram até mesmo ser evacuadas da unidade devido à proximidade do incêndio florestal.
Pontes e incêndios
O Correio do Estado tem acompanhado o desenrolar desses incêndios florestais que afetam o bioma pantaneiro, mostrando que, mais recente, as chamas foram responsáveis por destruir três pontes de madeira cruciais da popular Estrada Parque.
Entretanto, apesar dos estragos, como bem pontuado ainda nesta quinta-feira (20), o acesso que ganhou espaço na mídia local e nacional é apenas uma das mais de 400 pontes que estão distribuídas pelo Pantanal.
Também, ainda no começo deste mês, no dia 09 de junho, o acompanhamento dos incêndios florestais mostrou que esse fogo inclusive se alastrou para a região ao lado da ponte bioceânica.
Dados compilados até o início desta semana, pelo Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais (Lasa), do departamento de meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mostram que, a área consumida pelo fogo em 2024 já é de 502.650 hectares.
Vale lembrar que incêndios no bioma pantaneiro costumam ser recorrentes ano a ano, porém, se comparada a área queimada no mesmo período de 2020, quando 249.125 hectares foram consumidos, por exemplo, o total deste ano já é cerca de 102% maior.