Entre 1º de janeiro e 13 de agosto deste ano, 1.321.925 hectares do território de Mato Grosso do Sul queimaram, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais). A área total do Estado é de 35.719.438 hectares.
O número da devastação é 6,07 vezes maior que o registrado no ano passado, quando 217.600 hectares da área de MS foram queimados nesse mesmo período.
Os dados constam no Informativo nº 12 do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS), divulgado nesta quinta-feira (15).
As informações se referem a porções dos biomas Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica localizados no Estado.
Só no Pantanal de MS foram queimados 1.175.600 hectares até o momento, número que representa aumento de 84% em relação ao ano de 2020, que até então foi considerado o mais crítico para o bioma.
Segundo o relatório, 94,7% dos focos de calor localizados no Pantanal de MS se concentram nos municípios de Corumbá (67,4%), Aquidauana (18,9%) e Miranda (8,4%).
Ocorrências atendidas
Em relação ao número de ocorrências de incêndios florestais atendidas pelo CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de MS), houve aumento de 45,6% nas demandas de 2023 para 2024.
No ano passado, 2.641 ocorrências foram registradas de janeiro a 13 de agosto. Já em 2024 o número disparou, sendo registradas 3.845 ocorrências no mesmo período.
Previsão para o clima
O clima de Mato Grosso do Sul está ainda mais favorável para ao surgimento de incêndios. Em menos de uma semana, entre os dias 11 e 14, último domingo e quarta-feira, focos de incêndios foram de 0 a 122 no Estado.
No Pantanal de MS, o perigo de fogo encontra-se no risco entre “muito alto” a “extremo” entre os dias 14 e 19 de agosto.
Na situação de risco “extremo”, as condições são de difícil combate até por meios aéreos e alta velocidade de propagação.
Fonte: Midiamax