Em 24h, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) identificou o aumento de 21 para 90 de focos de incêndio no Pantanal de Mato Grosso do Sul, entre terça (22) e quarta (23). O número de focos ativos cresce, consumindo mais de 300 km² e ameaçando comunidades ribeirinhas.
Isabelle Bueno, coordenadora de Operações no IHP (Instituto Homem Pantaneiro), ressalta que, nesta quinta-feira (24), a situação se agrava próximo à Serra do Amolar, diante do crescimento de focos ativos. O volume de fumaça cobre a região, dificultando a respiração.
Outro ponto de preocupação vem do estado vizinho, no Mato Grosso, com incêndios no Parque Nacional. Além da Brigada Alto Pantanal, o Prevfogo/Ibama e os Bombeiros estão atuando nesses incêndios em Mato Grosso do Sul. Do lado de Mato Grosso, que fica ali na divisa, no Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense, há brigadistas do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
“Por conta da fumaça, todas as comunidades na região da Serra do Amolar estão muito afetadas. A condição para respirar é realmente terrível. Na Comunidade do Binega, que chegou a ficar rodeada pelo fogo; muitos moradores decidiram não retornar às casas e estão ficando na região do Paraguai-mirim, que fica mais abaixo da Serra do Amolar e mais perto de Corumbá. Ainda não temos um cenário que demonstra que essa situação vai ser controlada”, descreve.
Sem trégua
Ainda de acordo com dados do Firms/NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço), uma área aproximada de 300 km² foi atingida pelo fogo nas últimas 24h na região pantaneira, onde estão as comunidades.
Manoel Garcia, chefe da Brigada Alto Pantanal, do Instituto Homem Pantaneiro, diz que as equipes atuaram ao longo do dia e parte da noite para combater um incêndio próximo a um morro, na região da baía da Gaíva.