Prefeitura garantiu que um novo lote da vacina chega em breve, para finalizar o esquema vacinal do público que já recebeu a primeira dose
Campo Grande zerou os estoques da vacina contra a Dengue nas Unidades de Saúde. Questionada, a Prefeitura Municipal garantiu que um novo lote será encaminhado para a Capital, para iniciar a aplicação da segunda dose naqueles que já receberam a primeira, finalizando assim o esquema vacinal do público alvo.
“Contudo, ainda não se tem informações de quando este carregamento deve chegar”, afirmou a Prefeitura, em nota.
Desde o início da vacinação, no dia 11 de fevereiro, foram aplicadas 12.644 doses das 24 mil recebidas. Inicialmente, o público alvo eram crianças e adolescentes de 10 a 11 anos, mas com a baixa procura, a faixa etária foi ampliada para jovens de até 14 anos, três semanas depois do início da campanha.
Apenas metade das doses recebidas foram aplicadas
No início de fevereiro, Campo Grande recebeu 24 mil doses da vacina, mas apenas pouco mais de metade foi aplicada. No dia 1º deste mês, a Capital distribuiu cerca de 8 mil doses do imunizante contra a dengue para outros estados brasileiros, justamente porque a procura estava baixa e as doses estavam próximas da data de validade.
O pedido para distribuição das doses foi feito pelo Ministério da Saúde.
COMO A VACINA FUNCIONA?
A Qdenga é composta por duas etapas de vacinação, com intervalo de 90 dias entre elas. Quem já teve dengue, pode sim usufruir do imunizante, inclusive é esperado uma resposta melhor nessas pessoas já diagnosticadas com a doença anteriormente.
Porém, em caso de diagnóstico recente, é recomendado que o indivíduo deve esperar seis meses para tomar a vacina. Em caso da pessoa contrair o vírus durante o intervalo de noventa dias entre as duas doses, o esquema vacinal deve ser seguido, desde que o prazo não seja inferior a 30 dias em relação ao início dos sintomas.
Acerca da eficácia, de acordo dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), a Qdenga demonstrou ser eficaz contra o DENV-1 em 69,8% dos casos; contra o DENV-2 em 95,1%; e contra o DENV-3 em 48,9%.
Colaborou: Felipe Machado.