Levantamento da Fiocruz aponta que há sinal de interrupção de crescimento ou início de queda das ocorrências de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) por Covid-19 em Mato Grosso do Sul.
Os dados se referem à Semana Epidemiológica 39, compreendida entre os dias 22 e 28 de setembro, e constam no Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (3).
Segundo o boletim, enquanto MS, assim como Paraná, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo apresentam queda no número de casos, há aumento nos registros graves por covid-19 em Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal.
De maneira geral, houve maior incidência de casos graves por covid-19 entre crianças de até 2 anos.
“Temos observado uma baixa adesão da vacinação contra a covid-19 nas crianças pequenas. Então, é muito importante que os pais levem seus filhos aos postos de saúde para se vacinarem contra a doença”, orienta a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella.
Brasil
No agregado nacional, a análise aponta sinal de queda de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de estabilização ou oscilação na tendência de curto prazo (últimas três semanas).
De acordo com o InfoGripe, sete estados apresentam sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Santa Catarina e Tocantins.
Os casos de SRAG por rinovírus mantêm indícios de interrupção do crescimento ou queda em grande parte do país, embora ainda apresentem aumento em alguns estados do Nordeste e Sul.
Prevalência e óbitos
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 32,3% para Sars-CoV-2 (covid-19), sendo a maior responsável pelo número de casos.
Na sequência aparece o rinovírus, com 30,5% dos casos, e a influenza A, com 14,2%. Já a Influenza B teve prevalência de 6,2% e o vírus sincicial respiratório teve 6,4%.
Casos em 2024
Dados de positividade para semanas recentes estão sujeitos a grandes alterações em atualizações seguintes por conta do fluxo de notificação de casos e inserção do resultado laboratorial associado.
Dentre os casos positivos do ano corrente, 38,6% são de vírus sincicial respiratório, 24,6% são de rinovírus, 18,8% são de Sars-CoV-2 (covid-19), 18,2% são de influenza A e 1% de influenza B.
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 32,3% de Sars-CoV-2 (covid-19), 30,5% de rinovírus, 14,2% de influenza A, 6,2% de influenza B e 6,4% de vírus sincicial respiratório.