A Fifa pretende arrecadar US$ 1 bilhão (R$ 5,6 bilhões) com a próxima edição da Copa do Mundo Feminina, que será sediada pelo Brasil em 2027. O valor foi anunciado na última terça-feira (13) pelo presidente da entidade, Gianni Infantino, durante o Fórum de Investimentos Arábia Saudita-EUA, em Riad.
Segundo Infantino, o objetivo é reinvestir toda a receita gerada no fortalecimento do futebol feminino. “Está crescendo exponencialmente, e também temos como meta obter uma receita de US$ 1 bilhão apenas com a Copa do Mundo Feminina”, afirmou.
A edição anterior, disputada em 2023 por Austrália e Nova Zelândia, registrou receita superior a US$ 570 milhões (R$ 3,2 bilhões) e alcançou equilíbrio financeiro, segundo a entidade. A de 2027 será a primeira realizada na América do Sul e contará com a participação de 32 seleções. A edição seguinte, em 2031, deve ser sediada pelos Estados Unidos e ampliada para 48 equipes.
Infantino também destacou o potencial de expansão do futebol fora da Europa. “Se o restante do mundo fizesse apenas 20% do que a Europa faz no futebol, teríamos impacto de mais de meio trilhão de dólares no PIB global”, declarou.
Ele elogiou ainda o avanço do futebol feminino em países como a Arábia Saudita, que recentemente criou uma liga e uma seleção feminina. “É o único esporte coletivo para mulheres com audiência global e impacto significativo”, disse.
A Copa do Mundo Feminina de 2027 será um marco para o Brasil, país que já recebeu a versão masculina do torneio em 1950 e 2014, mas nunca sediou o evento feminino. A expectativa é que a competição fortaleça a visibilidade das jogadoras, amplie o interesse do público e atraia investimentos no esporte feminino.