Grupo de familiares do jovem Vinícius Ibanez Riquelme, de 19 anos, morto no último 27 de abril durante treinamento do Exército, fizeram um protesto cobrando explicações e Justiça neste domingo (5), em Bela Vista.
“Meu filho aguentou cinco dias sem água, sem comida. Quando meu filho pediu um copo de água deram um barro, uma água suja. Isso é treinamento? Eu acredito que não”, diz a mãe de Vinícius, durante o protesto ao Fronteira News.
“Disciplina muito menos. Disciplina meu filho recebeu em casa”, acrescenta. Dezenas de pessoas participaram da manifestação com cartazes e bexigas brancas e pretas. Eles circularam pelas ruas da cidade.
Vinícius foi submetido a realização de atividades físicas durante um treinamento de campo com o grupo do 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado de Bela Vista. Conforme apurado, grave estado de desidratação teria afetado os rins dele. O soldado morreu na manhã de sábado (27) na Santa Casa da Capitaeu.
Amigos e familiares de Vinicius, o recruta que morreu após o treinamento, denunciam que, entre as principais causas da morte do militar, além de um possível quadro de ‘desidratação’, estão ‘esforços exaustivos durante os exercícios físicos’, realizados em uma manobra militar.
Na tarde de sexta-feira (3), o Comando da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada informou que até o momento 89 militares procuraram atendimento médico com sintomas de infecção viral e que a campanha de vacinação contra a Influenza continua.
Dos 26 militares internados inicialmente, 5 permanecem internados, ou seja, três tiveram alta desde quinta-feira (2). O militar que havia sido encaminhado para o Hospital Militar de Área de Campo Grande já apresentou melhoras no quadro de saúde.
Apesar do Exército citar infecção viral, a família de Vinícius denunciou que a morte ocorreu por um possível quadro de ‘desidratação’ e ‘esforços exaustivos durante os exercícios físicos’, realizados em uma manobra militar. O treinamento ocorreu em meio a onda de calor já anunciada antecipadamente pela meteorologia.